DF busca apoio do Senado para obter recursos previdenciários
Executivo
tem R$ 780 milhões a receber da União, caso medida provisória seja
aprovada. Valor é referente a servidores federais que migraram para a
administração local
Maryna Lacerda, da Agência Brasília
O
apoio à aprovação da medida provisória que trata da liberação de
recursos previdenciários do governo federal para o DF, estados e
municípios foi discutido nesta quinta-feira (10) entre o governador de
Brasília, Rodrigo Rollemberg, e o presidente do Senado Federal, Eunício
de Oliveira. Governo
de Brasília busca apoio no Senado para conseguir apoio à aprovação da
medida provisória que trata da liberação de recursos previdenciários do
governo federal para o DF, estados e municípios. Foto: Dênio
Simões/Agência BrasíliaA proposta está em
tramitação na Casa. Esse dinheiro é fundamental para que o governo de
Brasília pague em dia o salário de servidores, aposentados e
pensionistas.
O repasse, chamado compensação previdenciária, diz
respeito à contribuição de pessoas da iniciativa privada que migraram
para a administração pública local, onde se aposentaram.
Esse
montante, até então, não é transferido para o governo do DF, que arca
com o pagamento integral do benefício. “Estamos buscando ajuda para
garantir o que é nosso por direito”, disse. O déficit mensal atual do DF é de R$ 240 milhões.
“Temos R$ 780 milhões a receber do governo federal, que reconhece dever
esse valor. Precisamos dele para pagar os salários dos aposentados
pelos próximos meses”, disse Rollemberg.
Também participaram da
reunião o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, e os deputados distritais
Agaciel Maia (PR) e Chico Vigilante (PT).
Pagamento dos salários dos servidores do DF
Todos os meses, o governo de Brasília tem de retirar recursos do Tesouro para cobrir os gastos com pessoal. “Quando
chega no dia 25, suspendemos o pagamento de fornecedores e de
prestadores de serviços para juntar o dinheiro e honrar a folha de
pagamento”, explica Rollemberg, que reconhece que isso traz dificuldades
para as empresas do DF.
Questionado sobre a possibilidade de
parcelamento dos salários a partir de novembro, o governador reafirmou
seu compromisso: “Trabalhamos todos os meios possíveis para evitar
isso”. A realidade financeira local impede inclusive a concessão de reajustes às diversas categorias do funcionalismo público, como a equiparação dos salários da Polícia Civil aos da Polícia Federal.
“Nós
entendemos que é absolutamente legítimo o pleito da Polícia Civil, mas,
neste momento, lutamos todo mês para o pagamento do salário dos
servidores. Seria uma irresponsabilidade por parte do governo falar em
qualquer tipo de reajuste”, explicou.
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