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Bolívia rechaça decisão de suspender a Venezuela do Mercosul
País afirma que a resolução 'viola' normas do grupo, por não ter havido consulta. Bolívia aguardando aprovação dos parlamentos dos demais países-membros para entrar no bloco.
Por France Presse
Morales é aliado
próximo da Venezuela desde o governo de Hugo Chávez, defendeu a formação
da Constituinte e disse que há um plano orquestrado nos EUA para
derrubar Maduro (Foto: José Lirauze/Courtesy of Bolivian
Presidency/Handout via Reuters)
O governo boliviano rechaçou, neste domingo (6), a decisão dos quatro
países fundadores do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - de suspender a Venezuela do bloco por "ruptura da ordem democrática" e garantiu que a a resolução "viola" normas do grupo, por não ter havido consulta.
"A Bolívia rechaça a suspensão da Venezuela do Mercosul", afirmou a
chancelaria em um comunicado enviado à AFP, que ainda diz que a
declaração emitida em São Paulo neste sábado (5) "não contribui para o
diálogo que o povo venezuelano precisa para superar suas diferenças".
A Bolívia "não participou do procedimento de consultas" sobre a situação
venezuelana, apesar de ter rubricado o Protocolo de Ushuaia, de 1998,
sobre o compromisso democrático", apontou o ministério boliviano.
Por isso, houve uma "violação do artigo 6 do mesmo Protocolo sobre a
necessidade de consenso para a implementação de medidas a outro Estado",
disse o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia.
A Bolívia está em processo de adesão ao bloco, à espera da aprovação dos parlamentos dos demais países-membros.
O governo de Evo Morales ainda afirmou que "não compartilha do
argumento empregado para suspender a irmã República Bolivariana da
Venezuela do Mercosul, sobre a existência de uma 'Ruptura da Ordem
democrática'".
Na sua avaliação, "a convocação da Assembleia Constituinte é a mais
clara prova do espírito democrático do povo venezuelano", e convidou os
povos e governos do mundo a "defender a democracia e a soberania".
Morales - aliado próximo da Venezuela desde o governo de Hugo Chávez -
defendeu a formação da Constituinte e garantiu que há um plano
orquestrado nos Estados Unidos para derrubar seu colega Nicolás Maduro.
Sobre o papel da Venezuela no Mercosul, o presidente boliviano pediu,
no ano passado, que Caracas assumisse a presidência rotativa, mas
enfrentou a oposição de alguns membros, principalmente Brasil e
Argentina.
G1
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