domingo, 6 de agosto de 2017

MUNDO


Morales é aliado próximo da Venezuela desde o governo de Hugo Chávez, defendeu a formação da Constituinte e disse que há um plano orquestrado nos EUA para derrubar Maduro (Foto: José Lirauze/Courtesy of Bolivian Presidency/Handout via Reuters)



Bolívia rechaça decisão de suspender a Venezuela do Mercosul

País afirma que a resolução 'viola' normas do grupo, por não ter havido consulta. Bolívia aguardando aprovação dos parlamentos dos demais países-membros para entrar no bloco.

 
Por France Presse  

Morales é aliado próximo da Venezuela desde o governo de Hugo Chávez, defendeu a formação da Constituinte e disse que há um plano orquestrado nos EUA para derrubar Maduro (Foto: José Lirauze/Courtesy of Bolivian Presidency/Handout via Reuters) 
 
 
O governo boliviano rechaçou, neste domingo (6), a decisão dos quatro países fundadores do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - de suspender a Venezuela do bloco por "ruptura da ordem democrática" e garantiu que a a resolução "viola" normas do grupo, por não ter havido consulta.
 
 
"A Bolívia rechaça a suspensão da Venezuela do Mercosul", afirmou a chancelaria em um comunicado enviado à AFP, que ainda diz que a declaração emitida em São Paulo neste sábado (5) "não contribui para o diálogo que o povo venezuelano precisa para superar suas diferenças".  

A Bolívia "não participou do procedimento de consultas" sobre a situação venezuelana, apesar de ter rubricado o Protocolo de Ushuaia, de 1998, sobre o compromisso democrático", apontou o ministério boliviano. 
 
 
Por isso, houve uma "violação do artigo 6 do mesmo Protocolo sobre a necessidade de consenso para a implementação de medidas a outro Estado", disse o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia.  

A Bolívia está em processo de adesão ao bloco, à espera da aprovação dos parlamentos dos demais países-membros.
O governo de Evo Morales ainda afirmou que "não compartilha do argumento empregado para suspender a irmã República Bolivariana da Venezuela do Mercosul, sobre a existência de uma 'Ruptura da Ordem democrática'".
Na sua avaliação, "a convocação da Assembleia Constituinte é a mais clara prova do espírito democrático do povo venezuelano", e convidou os povos e governos do mundo a "defender a democracia e a soberania".
Morales - aliado próximo da Venezuela desde o governo de Hugo Chávez - defendeu a formação da Constituinte e garantiu que há um plano orquestrado nos Estados Unidos para derrubar seu colega Nicolás Maduro.
Sobre o papel da Venezuela no Mercosul, o presidente boliviano pediu, no ano passado, que Caracas assumisse a presidência rotativa, mas enfrentou a oposição de alguns membros, principalmente Brasil e Argentina.
 
 
 
 
G1
 
 
 

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