quarta-feira, 9 de agosto de 2017

JON JONES


Jon Jones ergue a bandeira branca e diz querer fazer as pazes com Cormier

Campeão dos meio-pesados do UFC revela incômodo ao ver o arquirrival chorar após a derrota no UFC 214 e acredita que possam se aproximar, como Tyson e Holyfield

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Jon Jones disse achar triste que dois atletas negros mostrem raiva um pelo outro (Foto: Evelyn Rodrigues)

 

- Eu gostaria que nos déssemos bem. Especialmente por ser negro, e não haver tantos negros assim no MMA. Acho triste quando ficamos tentando nos agredir. Deveríamos nos desafiar, nos apoiar, e levar um ao outro cada vez mais para cima. Queria poder chegar a um ponto em que pudéssemos torcer um pelo outro, participar de eventos beneficentes, dar entrevistas juntos e falar da nossa rivalidade, como Mike Tyson e Evander Holyfield fizeram anos após lutarem, relembrando suas batalhas. Eu adoraria fazer algo assim com Cormier. Acho que as pessoas gostariam de nos ver dessa forma.

 

Jones, que após a luta principal do UFC 214, foi até Cormier er lhe deu um beijo na cabeça, disse ter sido duro ver o ex-campeão chorando copiosamente no octógono. Para ele, a pressão pela vitória no MMA é imensa, por se tratar de um esporte individual, ao contrário do basquete ou do futebol, nos quais os atletas sempre podem dividir a responsabilidade pelos insucessos.

- Foi muito duro vê-lo chorar, porque ele é um grande embaixador do nosso esporte. Acho que, em esportes individuais como o MMA ou o boxe, é comum ver homens feitos chorando, porque a pressão pelo sucesso está toda sobre os seus ombros, diferente do basquete ou do futebol, que são esportes nos quais você pode culpar mais gente pelas derrotas. Você pode dizer que deu tudo de si, mas o time não estava bem naquele dia. No MMA, quem está lá é apenas você, e é você quem perde. Quando falam do seu legado, não falam da sua equipe, só de você, para sempre. A forma como as pessoas se engajam nesse esporte é linda, porque mostra o que ele significa para todos eles.

 GLOBO ESPORTE

 

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