Fazenda informa que não irá recorrer e encerra ação contra Neymar
Procuradoria abre mão de reverter decisão no Carf e advogados do atacante entendem que disputa está encerrada; pai do jogador deve pagar multa de R$ 8 milhões
Por GloboEsporte.com, São Paulo
O atacante Neymar celebrou, nesta terça-feira, o que ele considera o
fim do processo em que enfrenta a Receita Federal no Carf (Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais). Em petição de 4 de agosto, a
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional informa que “não haverá
interposição de recurso à Câmara Superior de Recursos Fiscais”, que
funciona como segunda instância do Conselho que julgou o caso em maio.
Neymar
da Silva Santos, também não tem intenção de prosseguir com a disputa e,
assim, pretende pagar a multa ao Fisco para encerrar o caso. A conta
dos advogados do jogador é de que, após a decisão de maio, a sanção será
de cerca de R$ 8 milhões.
Os defensores do atleta entendem que o julgamento livrou Neymar de
aproximadamente 70% das infrações impostas pela Receita, que tinha
aplicado multa de R$ 188,9 milhões – o valor cai consideravelmente por
compensar tributos que já tinham sido pagos no Brasil e na Espanha, onde
o jogador residia até a semana passada.
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Neymar vê jogo do PSG ao lado do pai (Foto: AFP)
A decisão de maio apontou como legais os pagamentos de direitos de
imagem por patrocinadores às empresas que cuidam da carreira da Neymar e
outros serviços prestados pelas companhias, mas manteve como irregular o
recolhimento de impostos relativos à transferência do jogador ao
Barcelona e no recebimento de verbas de imagem pagas pelo Santos antes
da ida à Europa – nesses casos, o Carf entendeu que a alíquota deveria
ter sido de 27,5%, não de 15%.
A desistência da procuradoria é com relação à decisão do Conselho de que
um recurso de embargos de declaração, de julho, foi apresentado fora do
prazo.
– Dessa parte, não há mais recurso (à Procuradoria) – afirmou o
advogado Marcos Neder, que representa o jogador recém-transferido ao
PSG, da França.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, mas ainda não houve manifestação.
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