Solar de Brasília é aprovado: lotes entram em venda direta ainda este ano
O Condomínio Solar de Brasília,
no Lago Sul, foi aprovado ontem pelo Conselho de Planejamento
Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). O aval do colegiado
era a última pendência para o registro em cartório do parcelamento e
para a venda direta dos lotes, que estão em terras da Agência de
Desenvolvimento de Brasília (Terracap). Ao todo, são cerca de 1 mil
terrenos em uma das áreas mais valorizadas do Distrito Federal, ao lado
da Ponte JK. Entre os moradores, é grande a expectativa pela legalização
e pela divulgação dos preços dos terrenos.
O
processo aprovado pelo Conplan incluiu um levantamento fotográfico
aéreo, concluído em 2016. “Fizemos uma readequação no projeto, acabando
com minúcias de conflitos fundiários e incluindo algumas casas que
tinham ficado de fora”, explica o secretário de Gestão do Território e
Habitação, Thiago de Andrade. “Após o aval do Conplan, será emitido o
certificado de regularização fundiária e a Terracap poderá registrar os
terrenos em cartório”, acrescenta o secretário.
Com
a chancela do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano, o Solar de
Brasília deve ser um dos próximos a serem regularizados no processo de
venda direta. A legalização dos imóveis do Ville de Montagne, vizinho do
Solar de Brasília, começou na última terça-feira e os moradores terão
até 6 de setembro para registrar o interesse em comprar os lotes, que
custarão, em média, R$ 199 mil.
Pelas regras do
GDF, é possível fazer um financiamento direto com a Terracap em 240
meses, com taxa de juros de 0,4% ao mês. Para quem optar pelo pagamento à
vista, haverá 25% de desconto no valor final do imóvel. Esse abatimento
é proporcional ao valor da entrada. Os ocupantes dos terrenos também
terão um mês para pagar a primeira prestação.
O
síndico do Solar de Brasília, Pedro Humberto Lobato, conta que a
maioria dos moradores do parcelamento está favorável à regularização,
apesar de alguns ocupantes resistentes ao processo de venda direta. “O
detalhe é a questão do preço, que tem preocupado bastante a comunidade.
Acompanhamos o processo de avaliação do Ville de Montagne e, lá, os
moradores alegam que houve erro de cálculo, por causa de um problema de
metodologia. Queremos conversar com a Terracap para entender esse
processo”, diz o síndico. Na manhã desta sexta-feira, representantes do
Solar vão à empresa em busca de informações.
Pedro
Humberto Lobato argumenta que os gastos em infraestrutura realizados no
Solar de Brasília foram mais altos e, por isso, os moradores esperam um
desconto maior no valor de avaliação, em comparação com as estimativas
realizadas no Ville de Montagne. “Mais de 90% dos moradores do
condomínio são servidores públicos, pessoas de classe média. Se o preço
ficar em torno de R$ 150 mil, acredito que a grande maioria vai querer
comprar”.
Moradia
O
Conplan também aprovou esta semana os projetos urbanísticos de três
novas áreas para moradias populares no Recanto das Emas. Os lotes fazem
parte do Habita Brasília, programa habitacional do DF. Segundo
estimativas do governo, os espaços para habitação popular aprovados na
região podem beneficiar quase 25 mil pessoas que estão na fila de espera
por moradia.
O projeto da área prevê lotes
residenciais unifamiliares, casas sobrepostas e áreas para comércios,
serviços e equipamentos públicos. O espaço é integrado ao sistema de
transporte coletivo e contará com ciclovias. As novas casas poderão ser
construídas por associações habitacionais e cooperativas, sem
intervenção do governo.
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