terça-feira, 15 de agosto de 2017

BRASIL

Após um ano e meio, menina que viveu em UTI desde que nasceu vai para casa no RS 


Dorothy nasceu prematura e com má formação no tórax, que impede o crescimento dos pulmões. Ela precisa de um respirador 24 horas por dia.


Depois de exatos 546 dias, a menina Dorothy finalmente foi para casa com os pais. Desde que nasceu, prematura e com má formação no tórax, ela vivia na UTI do Hospital Santo Antônio da Criança, em Porto Alegre. O dia 14 de agosto, última segunda-feira, foi de emoção para enfermeiras, médicas e familiares.
"Para nós é muito gratificante poder ver a evolução dela, a parte do desenvolvimento motor dela, o quanto a gente conseguiu ganhar mesmo com as limitações de espaço da cama, do espaço de UTI. É maravilhoso para a gente saber que contribuiu para isso", diz a fisioterapeuta Larissa Ramos Roxo, que completa:

"Agora é hora de voar sozinha"

A má formação no tórax de Dorothy impede o crescimento dos pulmões. Por isso, ela precisa de respirador durante 24 horas por dia. Desde que a UTI do hospital foi inaugurada, em 2015, nunca um paciente havia ficado tanto tempo internado.
"É um vínculo inexplicável que tu cria, mesmo querendo ou não", comenta a técnica em enfermagem Jéssica Pereira Silveira. "Eu tenho como filha (...) Tudo o que eu faço é com muito carinho, muito amor mesmo. É a nossa princesa, a filha de todas nós aqui dentro", acrescenta a colega Diane Orrigo.

Em dezembro do ano passado, a reportagem da RBS TV mostrou a luta da família de Dorothy. Os pais Rochard e Cristina entraram na Justiça para que o plano de saúde montasse uma estrutura de atendimento na casa da família. A decisão favorável demorou a sair. Eles até criaram uma vaquinha online e fizeram rifa para comprar um gerador.
"A gente criou várias expectativas, e não dava certo. Acabava frustrando", lembra a mãe de Dorothy. "Quando a gente chegou aqui e viu o respirador dela, foi como se tivesse caído a ficha. É real, agora nós vamos para casa", comemora.


Fonte: G1

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