Serviços de saúde em aldeias indígenas no AP terão contratos prorrogados pela Justiça
No estado, 1,3 mil indígenas são atendidos por mais de 200 profissionais (Foto: Abinoan Santiago/Arquivo G1) |
Um pedido urgente de tutela
provisória feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e acatado
pela Justiça garantiu a prorrogação dos contratos temporários dos
profissionais de saúde indígena que atuam no Amapá e Pará por
mais 12 meses, a partir de 9 de julho de 2017.
A medida quer evitar que mais
de 11 mil índios do Distrito Sanitário Especial Indígena do Amapá
e Norte do Pará (Dsei/AP) fiquem sem acesso aos atendimentos
regulares, até a contratação de concursados.
O Tribunal Regional Federal da
1ª Região determinou a prorrogação na quinta-feira (6). No
estado, são 1,3 mil indígenas atendidos por mais de 200
profissionais.
O procurador regional da
República, Felício Pontes, enfatiza que a prorrogação é algo
inevitável, pois não há tempo hábil para a realização de
contratações por meio de convênios. No pedido, a prorrogação só
deve ocorrer quando for assegurada que o serviço de saúde indígena
seja feita seguindo os moldes do Edital de Chamamento Público n°
1/2017, lançado em 15 de maio de 2017.
“A situação encontrava-se
em estado emergencial devido à morosidade da União em adotar as
providências necessárias para reposição do quadro de
profissionais da saúde indígena no Amapá. A União possuiu o
período de um ano para proceder às contratações, mas somente
iniciou o processo em maio, último mês do prazo de encerramento do
contrato”, explicou no pedido.
Segundo o MPF, os contratos
dos servidores da saúde, com vencimento para o dia 31 de dezembro de
2016, foram prorrogados três vezes para a contratação de
profissionais por meio do modelo que a União entendesse adequado. A
última prorrogação venceria em 30 de junho de 2017.
No entanto,
somente em maio foi publicado o edital de chamamento.
Além da contratação
imediata de profissionais para composição de vagas para
atendimentos médicos em aldeias do Amapá e Norte do Pará, MPF
cobra da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) a melhor na
qualidade e estrutura de atendimento.
Informações fornecidas ao
MPF pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Macapá, em
2016, apontam que existia um déficit de mais de 400 profissionais
para a plena assistência aos povos.
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Fonte: G1
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