PSDB
faz reunião em São Paulo
para discutir apoio ao governo
Temer
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Alckmin e Doria participaram de evento de inauguração de piscinão na Zona Leste de SP (Foto: Will Soares/G1) |
Encontro que pode definir saída da base aliada será na noite desta segunda no Palácio dos Bandeirantes; ex-presidente Fernando Henrique e o prefeito João Doria estarão presentes.
A
cúpula do PSDB marcou uma reunião para a noite desta segunda-feira (10)
em São Paulo para decidir sobre a manutenção ou não do apoio ao governo
de Michel Temer (PMDB). A reunião acontece após Temer ter sido
denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de corrupção passiva. O encontro será às 19h30 no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.
O
primeiro a confirmar presença na reunião foi o prefeito da cidade de
São Paulo, João Doria. A assessoria de imprensa do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso confirmou que ele também estará presente na
reunião. Deverão participar ainda do encontro deputados e senadores do
PSDB.
O
Palácio dos Bandeirantes é a residência oficial do governador de São
Paulo e o encontro estaria sendo articulado pelo governador Geraldo
Alckmin. A assessoria de imprensa de Alckmin, no entanto, não confirma
oficialmente a realização do evento e afirma que eventos partidários são
atividade particular e não relacionadas ao governo estadual.
Também
é esperada a presença do presidente em exercício do partido, Tasso
Jereissati. Outro que também estará presente no encontro é o deputado
federal pelo PSDB Ricardo Tripoli, que está em São Paulo desde
sexta-feira (7). Ele só retornará a Brasília na manhã de terça-feira
(11), informou a assessoria de imprensa.
Reformas
No domingo (9), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que não há “nenhuma razão” para
que o PSDB permaneça na base do governo do presidente Michel Temer após
a definição do andamento das reformas trabalhista, previdenciária e
política.
A
votação da reforma trabalhista no Senado está prevista para a próxima
terça-feira (11). A reforma da Previdência chegou a ser votada em
comissão especial, mas travou depois do agravamento da crise política.
Já
o prefeito João Doria disse não defender que o partido se mantenha no
governo. Governador e prefeito participaram na manhã de domingo de
evento em comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932.
Alckmin
destacou que já havia dito anteriormente que o PSDB não deveria ter
cargos no governo. Desta vez, o governador disse que o partido “deverá
encerrar’ o período de permanência na base aliada.
“Hoje,
o que nós devemos fazer? Aguardar o término das reformas. Terça-feira
agora é a [votação da] reforma trabalhista, ela poderá ser aprovada no
Senado. E aí vai à sanção presidencial. Também a reforma previdenciária a
gente vai saber em pouco tempo se ela vai prosperar ou não. E a reforma
política também tem data. Depois disso, eu vejo que não tem nenhuma
razão para PSDB participar do governo”, declarou.
Preço altíssimo’
Na
última sexta-feira (7), outro cacique tucano, o senador Cássio Cunha
Lima (PB), disse que o PSDB paga um preço “altíssimo” ao manter apoio ao
governo “mais impopular da história”. Segundo ele, seis dos sete
deputados do PSDB na CCJ vão votar pela admissibilidade da denúncia
contra Temer. Para Cunha Lima, o partido deve ficar “ao lado” de seus
parlamentares e deixar os “cargos confortáveis” que possui no governo.
Já
o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), declarou
que Temer estava perdendo a capacidade de governar o país. Tasso também
disse que Rodrigo Maia teria condições de reunir os partidos em uma
eventual transição até 2018.
Denúncia
No
último dia 27, o governador Geraldo Alckmin defendeu que o PSDB haja
com “serenidade” sobre a posição do partido depois da denúncia do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel
Temer (PMDB). “É preciso entender que denúncia não é condenação. Nós
não podemos estar antecipando condenação”, disse o tucano.
A
declaração tinha sido dada um dia após o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia
contra Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo crime de
corrupção passiva.
Além
da condenação, Janot pede a perda do mandato de Temer, “principalmente
por ter agido com violação de seus deveres para com o Estado e a
sociedade”. É a primeira vez que um presidente da República é denunciado
ao STF no exercício do mandato.
G1.com
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