Presidente da CCJ nega pedido para convocação de Janot em denúncia contra Temer
Segundo Pacheco, que também rejeitou em decisão monocrática os requerimentos para convocação dos ministros do governo Temer Moreira Franco e Eliseu Padilha, além do amigo e ex-assessor do presidente José Yunes, não cabe à comissão produzir provas e que a CCJ tem natureza "simplesmente autorizativa" em relação à denúncia.
Mais cedo, ao comentar indiretamente uma fala do relator da denúncia, deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que defendeu a convocação de Janot, endossando a reivindicação da oposição, Rodrigo Pacheco disse que a comissão não pode ser transformada em "palanque" e que seguiria à risca o regimento interno da Câmara, que, segundo ele, não prevê a convocação do autor da denúncia. A oposição contesta, afirmando que a defesa de Temer será ouvida na CCJ e a acusação, portanto, teria o mesmo direito.
“Nós não podemos transformar a CCJ em um palanque de discussão, nem em um ambiente de dilação probatória pleno. Nós temos que fazer a coisa certa”, afirmou o presidente da comissão. Dilação probatória é a determinação de um prazo para que as partes produzam as provas necessárias, requeridas inicialmente na petição e na contestação.
Parecer da denúncia deve ser apresentado na próxima segunda-feira
Pacheco também recebeu o relator da denúncia, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que deve apresentar na próxima segunda-feira seu parecer sobre a denúncia. Zveiter disse que analisou a defesa protocolada nesta quarta-feira (5) pelos advogados de Michel Temer, mas negou que já tenha uma decisão fechada sobre o mérito da questão.
O relator evitou comentar a possibilidade de convocação de Janot, mas, assim como Pacheco, considera que já tem todos os elementos necessários para elaborar seu relatório. “Eu já tenho todos os elementos aqui. Tem aqui a denúncia, o inquérito, a defesa, e são suficientes para eu estudar a matéria e dar o voto.”
A contar de hoje, Zveiter tem prazo de até cinco sessões para apresentar seu voto sobre a admissibilidade do processo. De manhã, o plenário abriu sessão deliberativa com registro expressivo de mais de 100 parlamentares. A tendência é que integrantes da base aliada garantam o quórum mínimo de 51 parlamentares para abertura das próximas sessões, mesmo em dias menos movimentados na Casa, a fim de garantir o andamento mais célere da análise da denúncia.
Fonte: Agência Brasil
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