Relator
de denúncia contra Temer
na CCJ da Câmara diz que texto é
político
O relator do processo contra o presidente Michel Temer na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Sérgio Zveiter
(PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (10/7), que seu texto será
"eminentemente político". Ele não quis adiantar, contudo, se pedirá
explicitamente a abertura do processo contra o presidente por corrupção
passiva. "Essa decisão caberá aos valorosos integrantes da comissão, ao
plenário da Casa e, posteriormente, ao Supremo", disse.
Zveiter garantiu que não teve nenhum contato com qualquer
integrante do governo e que, por isso, não foi alvo de nenhum tipo de
pressão. As únicas conversas que teve, afirmou, foram com outros
deputados que o ajudaram a elaborar o relatório. "Alguns são
especialistas em direito penal, outros em direito constitucional e
outros têm ainda mais mandatos do que eu", justificou.
Manobras regimentais
A
sessão da CCj foi iniciada pouco antes das 15h e a expectativa é que a
leitura do relatório e do voto dure aproximadamente uma hora. Depois,
existe a previsão de prazo para a defesa se pronunciar e há expectativa
de que, ainda hoje, algum integrante da comissão faça um pedido de
vistas.
As manobras regimentais começaram logo no
início da sessão, obrigando o terceiro secretário da CCJ, deputado
Marcos Rogério, a ler a ata da sessão anterior. Enquanto a oposição
tenta esticar ao máximo os trabalhos da CCJ, interessa ao governo
decidir logo a questão.
Mais cedo, o líder do
PMDB na Câmara, Baleia Rossi (PMDB-SP), estimou que o governo tenha 39
votos dos 66 possíveis na comissão. Caso o relatório seja contrário a
Temer, os governistas terão de derrubá-lo e alguns estrategistas estudam
a possibilidade da prestação de um novo relatório absolvendo o
presidente do crime de corrupção passiva.
Fonte; CB
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