Forças Armadas americanas adiam ingresso de militares transgêneros
Processo, que começaria hoje, foi adiado em 6 meses. Não há unanimidade entre Exército, Força Aérea, Marinha e Fuzileiros Navais, afirma porta-voz do Pentágono. Foto: Reprodução Jovem Pan |
O secretário americano de Defesa, Jim Mattis, decidiu adiar por seis
meses o ingresso de recrutas transgêneros nas Forças Armadas, informou o
Pentágono. O adiamento não afeta os transexuais que já estão servindo o
país.
Ashton Carter, antecessor de Mattis, havia decidido no ano passado que
as forças militares passariam a aceitar recrutas transgêneros a partir
de 1º de julho de 2017, mas o processo foi adiado.
"Os serviços revisarão os planos de acesso e avaliarão o impacto da
integração de pessoas transgênero na preparação e letalidade de nossas
forças", afirmou o porta-voz do Pentágono, Dana White.
Na semana passada, Dana White disse que não havia unanimidade nas
Forças Armadas - Exército, Força Aérea, Marinha e Fuzileiros Navais -
sobre o calendário do ingresso dos transgêneros. "Os diferentes serviços
apresentaram posturas diferentes. Alguns pediram mais tempo".
Há entre 2.500 e 7.000 transgêneros entre os 1,3 milhão de militares na
ativa dos EUA, gente que declarou sua orientação sexual após a entrada
em serviço, segundo estimativas do departamento de Defesa.
Histórico de discriminação
Até o ano passado, estes militares podiam ser expulsos das Forças Armadas por revelar suas inclinações.
O primeiro passo para o fim da discriminação por orientação sexual nas
forças armadas americanas ocorreu em setembro de 2011, quando o
Congresso cancelou a política "Don't ask, don't tell" (Não pergunte, não
conte), implementada sob o governo do democrata Bill Clinton
(1993-2001).
Essa política proibia o alistamento nas forças armadas de indivíduos
que "demonstrassem propensão e intenção de praticar atos homossexuais".
Fonte: AFP
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