quinta-feira, 13 de julho de 2017

ESPORTE






Filho de Mozer tem bom início no futebol do RJ e sonha em seguir os passos do pai


Zagueiro do Gonçalense é regularizado, ajuda time a não sofrer gols nos dois primeiros jogos e se mostra tranquilo com comparações com o ídolo do Flamengo: "Me passa tudo que eu sei"


Por Gustavo Garcia, Rio de Janeiro


Oposicionamento na geografia do gramado é o mesmo. As semelhanças físicas também são muitas - os mais próximos até mesmo fazem brincadeiras com a aparência de ambos. Mas será que o futebol é o mesmo?

Filho de um dos maiores defensores da história do Flamengo, Daniel Alexandre Costa Faria carrega no DNA e no sobrenome a herança de Mozer e está acostumado à esta pergunta e às comparações com o pai - atualmente gerente de futebol do Rubro-Negro. E não se chateia com o fardo que carrega sobre os ombros. Pelo contrário. Tem muito orgulho do parentesco com aquele que considera "o maior brasileiro a atuar no setor defensivo na Europa".

Mozer e o filho Daniel, zagueiro do Gonçalense na Série B1 do Carioca (Foto: Arquivo pessoal)


Mozer e o filho Daniel, zagueiro do Gonçalense na Série B1 do Carioca (Foto: Arquivo pessoal)

- Eu tenho um dos melhores do mundo me orientando - afirma.

Zagueiro do Gonçalense, Daniel Mozer estreou pelo clube há dois jogos e, com o parceiro de zaga Ronald, conseguiu ajudar o time a não levar mais gols na Série B1 do Campeonato Carioca - até então a equipe tinha sofrido 18 em 9 jogos. Nascido na França e com passagens pela base do Flamengo, do Benfica e da Estrela Amadora, de Portugual, está de volta ao estado do Rio de Janeiro, aos 25 anos, após atuar no profissional por times como o Brasiliense e Bacabal, com um objetivo: fazer carreira de sucesso como o pai e, quem sabe, até mesmo brilhar no time do coração.
- Sem dúvidas eu tenho o sonho de jogar pelo Flamengo, não tem como negar. É um sonho de 99% dos jogadores passar pelo Fla - declara.
E foi agarrado ao bom início no time de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, que Daniel Mozer conversou com o GloboEsporte.com para falar sobre os planos da carreira e sobre o peso das comparações com o pai, que participou de um dos períodos mais vitoriosos do Fla e conquistou, entre outros títulos, a Libertadores da América, o Campeonato Brasileiro e a Copa Intercontinental. A entrevista você confere na íntegra abaixo.

Demora para estrear no Rio

- A minha documentação acabou atrasando. Existia uma certa urgência para que fosse regularizado, mas acabou que a documentação só chegou para os dois últimos jogos. E desde que eu e o Ronald entramos, não tomamos gols. Mas este é um trabalho do time todo.

Mozer não sofreu gols nos dois jogos em que atuou pelo Gonçalense (Foto: Gabriel Farias/FutRio)

Mozer não sofreu gols nos dois jogos em que atuou pelo Gonçalense (Foto: Gabriel Farias/FutRio)


Professor diferenciado

- Meu pai me passa tudo de bom, me passa tudo que eu sei. E eu tenho um dos melhores zagueiros do mundo me orientando, um dos melhores brasileiros que já jogou na Europa me dando conselhos (Mozer jogou durante muitos anos no Benfica e Olympique de Marseille). Então, aprendo muito com ele. Ele conversa muito comigo, tenta corrigir. Procuramos sempre assistir jogos juntos, tanto do Flamengo, quanto de outros clubes.

Sonho de voltar ao Rubro-Negro

- Tive uma oportunidade de fazer uma boa base, tanto no Fla, quanto no Benfica e no Estrela. Aprendi muito também com o Zé Ricardo. Sem dúvidas, eu tenho o sonho de jogar pelo Flamengo, não tem como negar. É um sonho de 99% dos jogadores passar pelo Fla. Sempre que vou ao clube, recebo um carinho muito grande, todos me tratam bem. Eu tenho uma dívida de gratidão com o Flamengo e sonho em voltar. Estou trabalhando para isso. E vejo no Gonçalense uma oportunidade para melhorar o meu futebol, pegar confiança para realmente voltar a atuar em alto nível.

Afinal, são realmente parecidos?

- É difícil falar de mim e é mais difícil ainda falar do meu pai. Dizem que nos parecemos, acabam comparando. Devidas as proporções, dizem que eu jogo que nem ele. Mas que nem ele, não. Mas se fosse comparar, diria que temos características parecidas, como a velocidade, a impulsão, a velocidade e até mesmo a técnica. Mas eu falo isso com muita simplicidade, ciente de quem é o meu pai e o quanto ele jogou.
Mozer marcando Vizeu em jogo-treino com o Fla (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Mozer marcando Vizeu em jogo-treino com o Fla (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Início difícil do Gonçalense na Série B1

- O começo do campeonato foi dolorido. O time vinha bem na pré-temporada. Quando começamos, sempre éramos surpreendidos, cometíamos erros bobos. Nesses dois últimos jogos, o time mudou bastante. Depois da sétima rodada, o time está com outra cabeça. Está mais motivado, com outra cabeça. Todo mundo está marcando e isso acaba facilitando o trabalho de todos.

Outra postura para a Taça Corcovado

- O segundo turno vai ser diferente do primeiro. Isso é uma garantia. Nós não vamos brigar para ser rebaixados. Vamos lutar para ganhar todos os jogos. Essa será nossa mentalidade. Nós vamos subir na tabela. Ser rebaixado não é mais uma preocupação em virtude da nossa mentalidade.

Daniel Mozer e o pai, ídolo do Flamengo (Foto: Arquivo pessoal)

Daniel Mozer e o pai, ídolo do Flamengo (Foto: Arquivo pessoal)


Após terminar em sétimo no Grupo B da Taça Santos Dumont, o primeiro turno da Série B1 do Carioca, e ficar de fora das fases finais, o Gonçalense volta a campo neste sábado, para enfrentar o America, às 15h, no Giulite Coutinho, pela primeira rodada da Taça Corcovado.
GLOBO ESPORTE


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