segunda-feira, 3 de julho de 2017

DF

Rodoviários negam fazer hora extra e reduzem em 30% viagens no DF

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Correria para passageiros conseguirem entrar nos ônibus na Rodoviária do Plano Piloto (Foto: Marília Marques/G1)

O Distrito Federal amanheceu com redução de 30% na circulação de ônibus do sistema público nesta segunda-feira (3). Segundo o Sindicato dos Rodoviários, motoristas e cobradores deixam de fazer horas extras – as chamadas "meias-viagens" – para pressionar empresas por reajustes salariais.
Apesar de não afetar a frota, a oferta do serviço será reduzida nos horários de pico, das 5h e das 18h. O sindicato diz ainda que a "paralisação" deve durar durante toda a semana.
A decisão foi tomada na manhã de domingo (2) durante assembleia da categoria com as empresas. Na ocasião, foi oferecida proposta de reajustar salário, cesta básica e vale-alimentação em 3,9% – com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os rodoviários rejeitaram.
Os representantes das empresas afirmam que não têm condições de garantir aumento superior ao ofertado e que os rodoviários do DF são os mais bem remunerados do país. "Eles têm o melhor salário por hora. Em três anos, tiveram o maior ganho real, com 40% de reajuste entre 2014 e 2016."
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a categoria quer 10% de reajuste salarial e 20% no vale-alimentação, além de passe livre para uso do metrô. As empresas – Urbi, Pioneira, Marechal, São José, Piracicabana e TCB – afirmam que não têm condições de bancar aumentos desta proporção. 

A crise econômica, o desemprego – que reduz o número de passageiros – e a falta de repasses do GDF são os principais empecilhos para os reajustes, segundo as empresas. Em maio, o governo devia R$ 200 milhões às viações – número que, de acordo as viações, "vem aumentando".

Histórico de paralisações

A categoria paralisou as atividades na última sexta-feira (30) em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer. Em maio, os rodoviários também interromperam os serviços, mas por outro motivo. 

Na ocasião, quatro das cinco empresas que rodam com ônibus convencionais no DF fizeram greve por atraso no pagamento de salários e benefícios a motoristas e cobradores. Eles cobravam o adiantamento de 40% do salário. Apenas a Piracicabana, que havia feito os depósitos, conseguiu tirar os carros da garagem.
Em defesa, as empresas disseram que a dívida do GDF na época alcançava R$ 200 milhões e, por isso, havia dificuldade para honrar a folha salarial. A Secretaria de Mobilidade informou ao G1 que o governo estava "cumprindo o cronograma de pagamento", definido no ano passado.
No mesmo dia, horas depois, as viações efetuaram os pagamentos e os ônibus voltaram a rodar.
* Colaborou Bianca Marinho, do G1 DF
 Fonte: G1 DF

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