Pará
apresenta equipamento que
promete conservar sabor natural
do açaí
Produtores de açaí do Pará
já podem contar com uma máquina de processamento do fruto que
reproduz o modo de amassar os caroços, exatamente como faziam no
passado as mulheres do interior.
A versão ajustada do
processador foi apresentada na manhã desta terça-feira (13), no
restaurante do escritório central da Empresa de Assistência Técnica
e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Marituba, na região
metropolitana de Belém. As informações são da Agência Pará.
O modelo inovador foi
alcançado por meio de uma parceria que envolveu o agricultor Samuel
Souza, idealizador do mecanismo, a Emater, como intermediadora, e as
empresas Promenge (de São Paulo) e Grandbel (de Belém). Desse
trabalho conjunto saiu o protótipo do equipamento, que tem estrutura
portátil e é feito 100% de aço inoxidável, com o propósito de
preservar a qualidade e a “verdade artesanal do processo”, como
define Samuel Souza.
O agricultor conta que lhe
causava incômodo o sabor do açaí extraído nas máquinas
normalmente utilizadas pelos batedores e submetido ao processo de
higienização (“branqueamento”) exigido pela Vigilância
Sanitária para o funcionamento dos pontos de venda. “É um sabor
que não se compara àquele que experimentávamos na nossa infância”,
define. Dessa inquietação surgiu a busca por parcerias que o
ajudassem a encontrar uma maneira de reproduzir o tal sabor
verdadeiro do açaí.
Foi quando Samuel decidiu
procurar o escritório da Emater em Benevides, município onde
nasceu, e a partir de uma conversa com o engenheiro agrônomo Antônio
Carlos Lima deu início ao projeto de prospecção de uma máquina
que atendesse esses critérios conceituais.
“A máquina é realmente
inovadora”, defende Antônio Carlos Lima, responsável pelo projeto
na Emater. “Em relação às máquinas atuais a diferença do
produto final é muito grande, seja no aspecto físico-químico ou na
qualidade das propriedades organolépticas e nutricionais, em que o
choque mecânico é bastante reduzido”, explica. E completa: “Nela
não há perda das proteínas, visto que os caroços passam por um
processo de atrito em vez de serem triturados".
“Quando o protótipo ficou
pronto, ampliamos a ideia na perspectiva de atender o setor da
agricultura familiar, em especial iniciativas como o Programa
Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)”.
Hoje a versão final do modelo
da máquina foi apresentada. Na opinião do diretor técnico da
Emater, Rosival Possidônio, “o resultado dessa iniciativa é de
suma importância para o Estado, particularmente para as regiões
produtoras de açaí, uma vez que existe a perspectiva real de
proporcionar um salto de qualidade na produção de polpa de açaí
para comercialização”.
Ainda neste mês a máquina será levada ao Conselho Estadual de
Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS/Pará) e, posteriormente, à
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap),
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e
instituições afins. “Com isso, queremos captar patrocínio para a
produção em série do equipamento”, informou o engenheiro agrônomo Paulo
Lobato, assessor da Diretoria Técnica da Emater (Ditec).
Para Lobato, a apresentação do protótipo é motivo de orgulho para quem faz parte da assistência técnica e extensão rural pública e é também a prova de que o Estado existe também para construir parcerias, seja com a sociedade civil, organizações não governamentais ou com a iniciativa privada. “O que importa é trabalharmos juntos. O açaí é uma riqueza do Pará e a Emater não poderia se abster de fomentar uma cadeia produtiva tão importante como essa”.
Rodjel Refundini, engenheiro mecânico e petroquímico que desenvolveu o protótipo, disse que o projeto foi elaborado com base nos relatos e considerações da Emater e de Samuel Souza, com a finalidade de adequar a tecnologia às necessidades e à tradição amazônica de consumir o açaí. “Trabalhamos na perspectiva de utilidade máxima do fruto e viabilidade econômica e social desse processo não apenas para a agricultura familiar, como para o trabalhador autônomo do setor.”
Para Lobato, a apresentação do protótipo é motivo de orgulho para quem faz parte da assistência técnica e extensão rural pública e é também a prova de que o Estado existe também para construir parcerias, seja com a sociedade civil, organizações não governamentais ou com a iniciativa privada. “O que importa é trabalharmos juntos. O açaí é uma riqueza do Pará e a Emater não poderia se abster de fomentar uma cadeia produtiva tão importante como essa”.
Rodjel Refundini, engenheiro mecânico e petroquímico que desenvolveu o protótipo, disse que o projeto foi elaborado com base nos relatos e considerações da Emater e de Samuel Souza, com a finalidade de adequar a tecnologia às necessidades e à tradição amazônica de consumir o açaí. “Trabalhamos na perspectiva de utilidade máxima do fruto e viabilidade econômica e social desse processo não apenas para a agricultura familiar, como para o trabalhador autônomo do setor.”
Com informações da Agência Pará
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