Câmara
Legislativa do DF edita
norma e proíbe entrada em roupas
muito
curtas'
A portaria é assinada pelo coordenador da Polícia Legislativa da Casa, Valdinei Cordeiro Coimbra. De acordo com o documento, esse tipo de vestimenta só será admitida com "autorização do Presidente da sessão ou da Polícia Legislativa", comandada por ele.
Nesta quinta (8), o deputado Ricardo Vale (PT) informou ter protocolado um projeto de decreto legislativo para sustar os efeitos da portaria. Em nota, ele classifica a medida como "autoritária e excessiva", e diz que a decisão afeta o acesso de pessoas humildes.
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Deputados discutem em plenário projetos em última sessão do ano (Foto: CLDF/Divulgação) |
Sem regra
O regimento interno da Câmara Legislativa não define regras específicas para a vestimenta de parlamentares, funcionários e público, seja no plenário ou em outros locais do prédio. Durante as sessões, é comum ver distritais de calça jeans, tênis, vestido ou saia.
Embora alguma formalidade seja respeitada no térreo do plenário, até esta quarta, não havia impedimento para pessoas nos trajes citados acessassem a galeria do espaço, no mezanino. Sindicatos e entidades sociais costumam levar "caravanas" de pessoas para o local, em dia de votação, sem que haja uma fiscalização das roupas.
Na nota divulgada por Ricardo Vale, o parlamentar também cita a presença habitual de estudantes, trabalhadores rurais e "jovens do movimento hip-hop", que poderiam acabar sendo barrados em função da nova regra.
Em 2015, um grupo de parlamentares liderado pela deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) propôs à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados regras semelhantes, que proibiriam o uso de tênis, cores extravagantes e saias curtas. Passados quase dois anos, a norma não foi implementada.
Na Câmara Federal, o uso de terno e gravata é obrigatório para homens que queiram circular pelo plenário e pelo Salão Verde. Não há regra parecida para mulheres. No Judiciário, os dois gêneros precisam se adequar a normas de vestimenta.
Fonte: G1 DF
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