Gás de cozinha deve ficar mais caro a partir deste mês, com nova fórmula de preços da Petrobras
Reajuste está ligado a nova política de preços para a venda do botijão de 13kg às distribuidoras, anunciada hoje pela Petrobras e com validade a partir desta quinta Foto: Divulgação |
O gás de cozinha deve ficar mais caro a partir deste mês. Nesta segunda-feira, a diretoria executiva da Petrobras aprovou uma nova política de preços para a comercialização às distribuidoras do Gás Liquefeito de Petróleo vendido em botijões de até 13kg e de uso residencial.
Na prática, a aplicação da nova fórmula de preços implicará em aumento médio nas refinarias de 6,7%, ainda este mês. Em nota, a Petrobras afirmou que o preço final ao consumidor pode não sofrer reajuste, já que “isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e revendedoras”.
Mesmo com o argumento da estatal de que a lei garante liberdade de preços, a Petrobras reponde por cerca de 25 centavos de cada R$ 1 do valor do gás de cozinha ao consumidor. Na composição dos preços, outros 20% são tributos e o restante do preço é composto por distribuição e revenda (55%).
Ainda segundo a Petrobras, se repasse for integralmente repassado aos consumidores, a estimativa é que o botijão de 13kg fique, em média, 2,2% mais caro. Na prática, será R$ 1,25 a mais por botijão.
O que muda na política de preços
O novo modelo foi definido com base na resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que “reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização, por produtor ou importador, de gás liquefeito de petróleo (GLP), destinado exclusivamente a uso doméstico em recipientes transportáveis de capacidade de até 13kg, a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos ou acondicionados em recipientes de outras capacidades”.
Assim, a política de preços do Gás Liquefeito de Petróleo comercializado em botijões de até 13 kg e de uso residencial (GLP-P13) não terá como referência a paridade de preços internacionais e está em linha com os parâmetros do Planejamento Estratégico 2017/2021.
O preço final às distribuidoras será formado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, conforme divulgada pelo Banco Central, acrescida de uma margem de 5%.
As correções de preços terão vigência a partir do dia 5 de cada mês. A exceção será este mês de junho, quando o ajuste de preços passará a ser praticado nas vendas às distribuidoras realizadas a partir do dia 8.
Por J C B
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