Se
aprovado na Câmara, novo
Hospital de Base do DF só deve '
estrear'
em 2018
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Secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca (Foto: TV Globo/Reprodução) |
Se aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, o "novo"
Hospital de Base gerido por um instituto só deve começar a funcionar na
prática em janeiro de 2018. Segundo o secretário de Saúde, Humberto
Fonseca, os processos burocráticos para colocar o instituto em
funcionamento demorariam cerca de seis meses.
O que a Câmara discute nesta terça-feira (20)
é uma lei que apenas autoriza que o Instituto Hospital de Base seja
criado. Só com a aprovação do projeto é que podem ser iniciados outros
trâmites. "É o tempo que leva para fazer o arcabouço jurídico", afirmou
Fonseca ao G1. Entre outros pontos, isso envolve:
- decreto de criação (que funda oficialmente o instituto)
- criação do regimento interno
- criação do estatuto, que precisa ser ratificado pelo governador
- manual de contratação
- manual de fiscalização e controle
- plano de cargos e de salários
- contrato de gestão
- A possível mudança no formato de gestão não deve ter impacto nos cofres da unidade. Para o ano que vem, o hospital permanece com o orçamento de R$ 600 milhões. No entanto, a promessa do governo é de mais eficiência e mais atendimentos graças ao modelo novo, no hospital que é referência para casos de traumatismo.
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Fachada do Hospital de Base de Brasília (Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília) |
"O projeto desburocratiza a administração da saúde. Hoje não conseguimos
fazer saúde pública nesse modelo antigo que é a administração direta.
Não tem ninguém que esteja fazendo saúde de qualidade que não seja com
modelos alternativos que deem leveza para o Estado", declarou o
secretário.
Questionado sobre o que entende por "leveza", ele afirmou que isso
significa fazer compras de forma menos burocrática, mas mantendo as
obrigações de trânsparência e moralidade administrativa – com
fiscalização do Tribunal de Contas e do Ministério Público. Ele também
voltou a afirmar que o hospital continua "100% público".
Sindicatos são contra a mudança.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho, a
proposta não garante que não haja corrupção. “Eles dizem que o novo
modelo cria uma blindagem contra a corrupção. Ora, mas o projeto cria um
conselho cuja composição será indicada pelo governo. Como se pode falar
de blindagem? Estão querendo criar esse instituto de forma atropelada,
pois os fins são eleitoreiros.”
Expansão
Apesar da certeza de que o modelo vai se mostrar bem sucedido, o
secretário de Saúde disse que não há tempo para que outros hospitais
também se tornem geridos por institutos ainda neste mandato. Nos planos
dele, no entanto, ainda está a transformação dos hospitais de
Taguatinga, de Santa Maria, do Gama e de Ceilândia.
Recordista
Servidor do Senado, Humberto Fonseca é o secretário de Saúde há mais
tempo à frente da pasta no governo de Rodrigo Rollemberg. É o maior
tempo no cargo desde o ex-secretário Rafael Barbosa, que ficou entre
2011 e 2013, durante a gestão do ex-governador Agnelo Queiroz.
Fonseca comanda a secretaria desde março de 2016. O antecessor dele, Fábio Gondim, ocupou o posto durante sete meses.
Fonte: G1 DF
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