Em meio à crise, Temer passa sábado reunido com aliados Foto: Reprodução TV Globo |
Em meio à maior crise desde que assumiu o governo, o presidente Michel
Temer passou este sábado (27) em reuniões com aliados em busca de apoio
político para permanecer no cargo e dar andamento às reformas que
tramitam no Congresso.
Entre os políticos que se encontraram com Temer no Palácio do Jaburu
está o ex-presidente José Sarney, do PMDB, mesmo partido do presidente.
Nenhum dos encontros estava previsto na agenda oficial do presidente
divulgada pelo Palácio do Planalto.
O primeiro político a se reunir com o presidente neste sábado foi o
deputado Júlio Cesar (PSD-PI), coordenador da bancada do Nordeste. No
encontro, os dois trataram do projeto que valida incentivos fiscais
dados pelo estados para atrair empresas.
Logo depois, em um almoço, Temer recebeu os ministros Sérgio Etchegoyen
(Gabinete de Segurança Institucional), Aloysio Nunes (Relações
Exteriores), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Bruno Araújo
(Cidades). O último chegou a anunciar que entregaria o cargo após as
delações da JBS, mas não chegou a oficializar a decisão.
No fim da tarde, o presidente da República recebeu políticos
peemedebistas. Além de Sarney, também foi ao Jaburo o ministro-chefe da
Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
Temer tem dito a interlocutores e publicamente que não renunciará e que
permanecerá no cargo até 31 de dezembro de 2018, último dia do mandato.
BNDES
Para evitar a impressão de esvaziamento do governo diante da crise
política, o presidente substituiu com rapidez a ex-presidente do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Maria Silvia
Bastos, que pediu demissão nesta sexta (26).
No mesmo dia, nomeou para o cargo o economista Paulo Rabello Castro,
que era presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Congresso
Além de buscar apoio político para se sustentar no cargo, Temer tem
negociado a votação de matérias importantes no Congresso Nacional.
No Senado, o presidente aposta no avanço do projeto que estabece uma
reforma trabalhista. A previsão é de que o texto seja votado na Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE) já nesta semana.
O desafio é garantir que a base aliada consiga vencer a obstrução já anunciada de partidos da oposição.
Na Câmara, Temer busca vencer a batalha com a oposição, que anunciou
obstrução aos trabalhos até que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), dê andamento a um dos 13 pedidos de impeachment apresentados
contra o presidente por causa da delação da JBS.
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