segunda-feira, 20 de março de 2017

VIOLÊNCIA

Série de 27 mortes no Pará completa dois meses e só um suspeito foi preso

Crimes aconteceram nos dias 20 e 21 de janeiro na Grande Belém.
Polícia analisa imagens de segurança e ouve testemunhas dos crimes.




Nesta segunda-feira (20), completam dois meses da série de 27 assassinatos registrados em cerca de 24h na Grande Belém. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil, que investiga os crimes, analisa imagens de câmeras de segurança e ouve o depoimento de testemunhas dos crimes. Apenas um suspeito foi preso.

Os assassinatos aconteceram entre os dias 20 e 21 de janeiro, em pelo menos 20 pontos da região metropolitana. As mortes foram registradas horas depois que o soldado da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), Rafael da Silva Costa, de 29 anos, foi assassinado durante uma ação policial no bairro da Cabanagem. A proximidade do horário em que os crimes aconteceram e a utilização de carros para a execução dos mesmos são alguns dos indícios que levam os órgãos de segurança a acreditarem na relação com a morte do soldado.
Um homem foi preso desde a série de assassinatos que assustou a população. O suspeito é apontado pela polícia como tendo envolvimento na morte do policial, o que a princípio teria desencadeado todas as outras mortes. 
Apesar das investigações para elucidar o crime, poucas respostas foram encontradas. Para quem perdeu um familiar ou amigo, são dois meses de muita dor e sofrimento.
“Eu acho que ele ainda tinha muita coisa pra viver. Ele tinha muitos planos e pretendia voltar a estudar. Às vezes eu paro e fico lembrando daquele dia. Mesmo com aquela imagem na cabeça, ainda não dá pra acreditar”, desabafa o familiar de uma das vítimas, que não quis ser identificado.
Rerysson Reinaldo, de 21 anos, foi morto com pelo menos 8 tiros na madrugada do dia 21 de janeiro no bairro do Telegrafo. Ele estava em um bar com amigos, quando segundo testemunhas, homens encapuzados e armados atiraram contra o grupo. O jovem morreu na hora.
“Nada foi feito. Parece que nada aconteceu, tá tudo do mesmo jeito”, lamenta ainda o familiar de uma vítima.

FONTE: G1 PARÁ

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