Em seis anos, guerra síria expulsou metade da população das suas casas
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), puderam
ser contabilizados 321.358 mortos a partir de uma vasta rede de
informantes em terra na guerra síria. Dentre as vítimas, estão
mais de 96 mil civis e 17 mil crianças.
Antes de ser devastada pelos confrontos, a Síria contava com 23 milhões de habitantes. Metade da população, no entanto, se viu obrigada a deixar seus lares para fugir da violência. Hoje, há cerca de 6,6 milhões de deslocados: pessoas que tiveram que abandonar suas casas para se abrigar em campos no território do seu país.
Além disso, segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), a guerra obrigou outros 4,9 milhões de pessoas a se refugiarem em outros países. A Turquia se converteu no principal lugar de asilo dos refugiados e já recebeu pelo menos 2,9 milhões de sírios neste tempo.
No Líbano, o Acnur registrou a chegada de um milhão de pessoas, embora fontes do governo falem em mais de 1,5 milhão de refugiados. Na Jordânia, a agência contabilizou 630 mil, mas as autoridades locais dizem que são 1,4 milhão de pessoas. Além disso, há cerca de 225 mil sírios no Iraque e 137 mil no Egito.
Segundo o Acnur, 90% dos refugiados sírios vivem abaixo da linha da pobreza e ao menos 10% são considerados extremamente vulneráveis.
As condições de saúde se deterioraram, e nem hospitais são poupados dos intensos bombardeios. Em seu novo relatório divulgado nesta terça-feira, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denuncia ataques intencionais contra instalações médicas.
“Em meio à persistente e crescente brutalidade do conflito sírio, os ataques a instalações médicas, funcionários e pacientes tornaram-se rotina. As instalações foram danificadas ou destruídas várias vezes em múltiplos ataques, aparentemente destinados a garantir a sua completa destruição”, afirma ao relatório, intitulado “Mudanças nas práticas médicas na Síria – dilemas e adaptações nas instalações de saúde continuamente ameaçadas de ataque”.
Somente em 2016, 81 instalações do MSF nas cidades de Azaz e Aleppo foram destruídas ou danificadas em ataques.
— Funcionários de saúde na Síria, incluindo médicos, enfermeiras e equipes de resgate estão arriscando suas vida todos os dias tratando pacientes — disse ao GLOBO Evita Mouawad, porta-voz do MSF para assuntos humanitários no Oriente Médio, baseada em Amã. — Em Aleppo, instalações foram danificadas diariamente por causa dos bombardeios. Foi um momento muito difícil para os médicos e nossa equipe no local tentando tratar os pacientes com limitação de medicamentos e materiais.
Fonte: O Globo
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Combatentes rebeldes percorrem destroços em entrada para túnel
que supostamente pertencia ao Estado Islâmico - KHALIL ASHAWI /
REUTERS |
A sangrenta guerra
civil na Síria completa seis anos nesta quarta-feira com um trágico
resultado para a História. Desde 15 de março de 2011, quando
protestos pacíficos foram reprimidos com violência e se
transformaram numa insurreição contra o regime do presidente Bashar
al-Assad, já foram cerca de 320 mil mortos. O conflito impulsionou a
crise migratória com milhões de deslocados e refugiados, que somam
metade da população síria original e integram a massa de pessoas
na fuga de guerras, perseguições e condições precárias em seus
países para a Europa.
Com o passar do
tempo, o conflito se tornou cada vez mais complexo, com o
envolvimento de extremistas islâmicos e a intervenção de potências
regionais e internacionais. Enquanto isso, os constantes bombardeios
e confrontos em solo dividem famílias e traumatizam a população,
incluindo as crianças, que se vêem numa crise de saúde mental.
Antes de ser devastada pelos confrontos, a Síria contava com 23 milhões de habitantes. Metade da população, no entanto, se viu obrigada a deixar seus lares para fugir da violência. Hoje, há cerca de 6,6 milhões de deslocados: pessoas que tiveram que abandonar suas casas para se abrigar em campos no território do seu país.
Além disso, segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), a guerra obrigou outros 4,9 milhões de pessoas a se refugiarem em outros países. A Turquia se converteu no principal lugar de asilo dos refugiados e já recebeu pelo menos 2,9 milhões de sírios neste tempo.
No Líbano, o Acnur registrou a chegada de um milhão de pessoas, embora fontes do governo falem em mais de 1,5 milhão de refugiados. Na Jordânia, a agência contabilizou 630 mil, mas as autoridades locais dizem que são 1,4 milhão de pessoas. Além disso, há cerca de 225 mil sírios no Iraque e 137 mil no Egito.
Segundo o Acnur, 90% dos refugiados sírios vivem abaixo da linha da pobreza e ao menos 10% são considerados extremamente vulneráveis.
As condições de saúde se deterioraram, e nem hospitais são poupados dos intensos bombardeios. Em seu novo relatório divulgado nesta terça-feira, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denuncia ataques intencionais contra instalações médicas.
“Em meio à persistente e crescente brutalidade do conflito sírio, os ataques a instalações médicas, funcionários e pacientes tornaram-se rotina. As instalações foram danificadas ou destruídas várias vezes em múltiplos ataques, aparentemente destinados a garantir a sua completa destruição”, afirma ao relatório, intitulado “Mudanças nas práticas médicas na Síria – dilemas e adaptações nas instalações de saúde continuamente ameaçadas de ataque”.
Somente em 2016, 81 instalações do MSF nas cidades de Azaz e Aleppo foram destruídas ou danificadas em ataques.
— Funcionários de saúde na Síria, incluindo médicos, enfermeiras e equipes de resgate estão arriscando suas vida todos os dias tratando pacientes — disse ao GLOBO Evita Mouawad, porta-voz do MSF para assuntos humanitários no Oriente Médio, baseada em Amã. — Em Aleppo, instalações foram danificadas diariamente por causa dos bombardeios. Foi um momento muito difícil para os médicos e nossa equipe no local tentando tratar os pacientes com limitação de medicamentos e materiais.
Fonte: O Globo
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