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Neymar participou de 12 dos 32 gols da seleção brasileira nas
Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia (Foto: Leo Correa / MoWA
Press)
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Além de o Brasil já ser um time com jogo ofensivo, o Paraguai "auxilia"
a tese de que a partida será um verdadeiro ataque contra defesa. Desde a
primeira rodada das Eliminatórias, a equipe guarani sofreu 185
finalizações, uma média de mais de 14 por jogo. Destas, 18 morreram no
fundo do gol - o que faz do Paraguai a quarta pior defesa do campeonato
ao lado de Chile e Equador. Enquanto a equipe comandada por Tite
consegue impedir com eficácia os ataques dos adversários.
O Brasil
sofreu 65 finalizações a menos que o adversário desta terça ao longo das
Eliminatórias. Das que não conseguiu impedir, apenas nove balançaram a
rede brasileira. Melhor defesa da competição, a Seleção levou apenas
metade de gols em comparação com o rival da vez.
A tão falada "Neymardependência" diminuiu desde a chegada de Tite. No
entanto, o atacante do Barcelona segue como o principal nome da seleção
brasileira. Ele é quem mais incomoda a vida das defesas adversárias.
Sozinho, o craque já finalizou 31 vezes na competição, sendo ele quem
mais arrematou a gol na equipe brasileira. Dos 32 gols marcados pelo
Brasil nas Eliminatórias, 12 passaram pelos seus pés: uma participação
de 37,5% dos tentos canarinhos. O camisa 10 é o artilheiro do Brasil ao
lado de Gabriel Jesus com cinco gols e lidera o quesito de maior garçom
não só da seleção, mas também do campeonato ao lado do uruguaio Carlos
Sánchez. Cada um deu sete assistências.
Com a ausência do lesionado Gabriel Jesus, o jogador que ganha os
holofotes, principalmente após a última atuação contra o Uruguai, é
Paulinho, do Guangzhou Evergrande. Elemento surpresa, mesmo como
volante, o camisa 15 da seleção é o segundo maior finalizador do time,
ao lado de Renato Augusto. Cada um chutou 16 vezes ao longo da
competição. Além disso, com os três gols marcados na última rodada,
Paulinho se tornou o terceiro maior artilheiro do Brasil, com quatro
gols. Atrás apenas dos atacantes Neymar e Gabriel Jesus.
Destaques do Paraguai
O atacante Lezcano é a principal referência do ataque no Paraguai.
Artilheiro da seleção, com quatro gols, o camisa 19 participou de 30,76%
dos gols de sua equipe nas Eliminatórias. Além de goleador, ele é o que
mais tentou balançar a rede adversária. Até o momento, Lezcano chutou
16 vezes na competição. Cinco finalizações a mais que o atacante Derlis
González e o zagueiro Paulo da Silva. O último ganha destaque nos
arremates por ser o mais procurado em bolas aéreas, dez das 11
finalizações dele foram de bolas vindas pelo alto.
Apesar de Lezcano ser o goleador do Paraguai nas Eliminatórias, a
tendência é que ele comece a partida contra o Brasil no banco de
reservas. A provável escalação do time de Arce
deve vir com Ángel Romero, do Corinthians, na frente. Aliás, vale
destacar que não há um titular absoluto na equipe adversária dos
brasileiros nesta terça-feira. Isso porque, desde a primeira rodada, 41
jogadores diferentes já entraram em campo para defender a seleção
paraguaia. No ataque, um time inteiro já passou por ali: 11 atletas.
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Perfil dos ataques
Se o Brasil tem o melhor ataque das Eliminatórias e o Paraguai o
segundo pior, há um motivo para isso. O primeiro tentou surpreender a
defesa adversária mais vezes que o segundo. Foram 55 ocasiões a mais,
para precisar. A equipe de Tite finalizou em 175 oportunidades nos 13
jogos que disputou. Já o Paraguai fez 120 arremates a gol. Uma diferença
expressiva.
No entanto, a principal disparidade nos ataques de ambos os times é a
jogada aérea. Quase metade das ofensivas paraguaias vem pelo alto. Já o
Brasil fez uso deste artifício em cerca de 30% dos ataques. Enquanto a
Seleção faz mais que o dobro de finalizações rasteiras que aéreas, o
Paraguai equipara essa quantidade. A equipe de Francisco Arce finalizou
56 bolas aéreas e 57 rasteiras. Já a de Tite tem a estratégia de atacar
mais com a bola no chão: foram 49 finalizações vindas pelo alto e 112
rasteiras.
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O Paraguai é uma das equipes que mais sofreram finalizações nas
Eliminatórias. Em 13 partidas, os adversários testaram a defesa
paraguaia em 185 oportunidades. Mais da metade foi em arremates de fora
da grande área - uma tentativa de furar o bloqueio paraguaio. No
entanto, tais investidas não deram muito certo. Isso porque dos 18 gols
sofridos pelo Paraguai, apenas um foi de fora da área. O único jogador
que foi feliz neste tipo de arremate foi o atacante boliviano Yasmani
Duk, na derrota da Bolívia para o Paraguai na quarta rodada da
competição.
Mas, um caminho interessante são os chutes no limite das linhas
demarcatórias da área. Quase 20% de eficiência para quem chutou daquela
região. Ou seja, aproximadamente um em cada cinco chutes de dentro da
grande área paraguaia foi parar no fundo do gol.
Apesar de o Paraguai atacar mais pelo alto, o Brasil fez mais gols:
oito contra cinco. Além disso, a eficiência brasileira em comparação com
a paraguaia nos ataques aéreos é quase duas vezes maior. A equipe verde
e amarela tem 16,32% de aproveitamento no jogo aéreo, enquanto a equipe
de Arce tem 8,92% no mesmo quesito.
Fonte: GE
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