segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

POLITICA

TSE ouvirá donos de gráficas investigadas em ação sobre chapa de Dilma e Temer

PF apontou indícios de irregularidades nos pagamentos da campanha a três gráficas; defesa nega, e diz que recursos foram repassados após serviços terem sido prestados.




O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Herman Benjamin, determinou que sejam ouvidos os quatro empresários donos das três gráficas investigadas por suspeitas de irregularidades na prestação de serviços para campanha presidencial em 2014.
A decisão, da última quinta-feira (9), foi tomada nas ações apresentadas pelo PSDB e que pedem a cassação do candidato a presidente e do candidato a vice por abuso de poder político e econômico na campanha. Entre os motivos apontados está o financiamento ilegal por empresas investigadas na Operação Lava Jato.
Na semana passada, Temer e Dilma se manifestaram sobre relatório da Polícia Federal, divulgado no fim de 2016, que diz que investigação de diversos órgãos de fiscalização confirmam "fortes traços de fraude e desvio de recursos repassados às empresas contratadas pela chapa presidencial eleita em 2014". As empresas suspeitas foram alvos de uma operação policial no fim de dezembro.
Também na semana passada foram ouvidos em São Paulo cinco funcionários das três gráficas suspeitas e eles apontaram fraudes no quadro societário das empresas - VTPB, Rede Seg e Focal. Mas, segundo a defesa de Dilma e Temer, os funcionários disseram, no entanto, que as três empresas prestaram efetivamente serviços para a chapa eleita, apesar de não terem informações sobre se o volume era condizente com os valores pagos. Para a defesa, cabe apuração contra as empresas, mas os dados não fazem parte da ação eleitoral.
Já o PSDB, autor das ações, pediu ao ministro para que os donos das gráficas sejam ouvidos.
Ao decidir sobre o pedido, Herman Benjamin considerou que, na ação eleitoral, somente podem ser produzidas provas que tenham relação com os processos que pleiteiam a cassação da chapa. Para ele, eventuais irregularidades das empresas devem mesmo ser apuradas em ações diferentes na Justiça.
O ministro frisou que 42 já testemunhas foram ouvidas e foram realizadas perícias, além de análise de quebras de sigilo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário