Sem apoios, indicado de Trump ao Departamento de Trabalho desiste do cargo
Audiência de confirmação de Andrew Puzder seria na quinta. Ele foi criticado por práticas trabalhistas em sua rede de fast-food e por ter contratado imigrante ilegal como empregada doméstica.
O indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Departamento de Trabalho, Andrew Puzder, desistiu do cargo nesta quarta-feira (15), após receber várias críticas de senadores democratas e republicanos pelo seu histórico empresarial e pessoal.
"Após cuidadosa consideração e conversas com minha família, retiro minha candidatura à Secretaria de Trabalho. Estou honrado de ter sido considerado pelo presidente Trump para dirigir o departamento e colocar os trabalhadores e empresas dos EUA no caminho de uma prosperidade sustentável", disse em nota.
Puzder, de 66 anos, teria uma audiência de confirmação da nomeação amanhã no Comitê de Saúde e Educação do Senado.
A decisão ocorreu depois de líderes republicanos no Senado terem recomendado à Casa Branca para retirar a indicação, já que Puzder não teria os votos necessários para ser aprovado para o cargo.
É a primeira mudança de um indicado por Trump para fazer parte do governo e um novo golpe contra o presidente após a renúncia de Michael Flynn do cargo de assessor de segurança nacional.
Apesar da oposição dos democratas e de grupos civis em relação a outros indicados de Trump, todos tinham conseguido aval do Senado graças à maioria republicana.
Puzder recebeu várias críticas de grupos sindicais pelas práticas trabalhistas implantadas em sua gestão como presidente da companhia de fast-food RKE, que inclui as redes Carl's Jr. e Hardee's, cargo que ele ocupa desde 2000.
Além disso, foram reveladas acusações de abusos por parte de sua ex-mulher e que Puzder tinha contratado uma imigrante ilegal para trabalhar em sua casa na Califórnia.
O senador democrata Bernie Sanders elogiou a decisão de Puzder no Twitter e afirmou que "a simples verdade é que, dada as relações com os empregados nas empresas que ele dirigiu, não estava preparado para liderar um departamento responsável por defender os direitos dos trabalhadores".
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