Surge
o primeiro caso da “delação
do fim do mundo” relacionada a
Espanha
![]() |
Sede da Odebrecht, em São Paulo Foto: Divulgação |
A República Dominicana investiga uma ramificação da “delação do fim do mundo” da Odebrecht naquele país que também está relacionada com a Espanha:
os pagamentos que, suspeita-se, a multinacional brasileira fez ao
“parceiro estratégico” de uma subsidiária da empresa que gere a água em
Madri. No total, estima-se que a Odebrecht pagou 92 milhões de dólares
durante vários anos a Ángel Rondón, que tinha uma participação de 10% na
AAA Dominicana, uma das cerca de vinte empresas que a espanhola Canal
de Isabel II tem espalhadas em grande parte do continente americano. Não
é a primeira vez que essas subsidiárias acabam envolvidas num
escândalo: mais do que isso, o Governo da Comunidade de Madri teve de
fechar cerca de vinte delas. Mas é o único caso que pertence ao
escândalo da Odebrecht, que, acredita-se, pagou todo esse dinheiro para
transformá-lo em subornos a funcionários dominicanos para obter mais
contratos.
A
informação vem de Marcelo Hofke, o gerente da Odebrecht no país
dominicano. Ángel Rondón, presidente da AAA Dominicana, nega que o
dinheiro fosse para subornos, afirmando que era para “pagar os seus
serviços como representante comercial”. Embora ele diga que só fazia
trabalhos de recompensação, pelos quais recebeu 6,5 milhões de euros
(aproximadamente 22 milhões de reais), quase todos os meios de
comunicação dominicanos dão como certo que era ele que controlava sua
empresa e, embora Rondón nunca tenha sido condenado antes, esteve
envolvido em outros escândalos na República Dominicana.
Precisamente em junho, a empresa Canal de Isabel II tinha feito um de seus piores negócios no Brasil: a compra da subsidiária Emissão, pela qual tinha pagado 21,4 milhões de euros (71,5 milhões de reais) em 2013. Um ano depois, a Emissão foi avaliada em cinco milhões de euros (16,7 milhões de reais), mais de quatro vezes menos. A Canal de Isabel II despediu dois executivos por perda de confiança. Um pouco antes, em abril, o responsável por esse tipo de negócios, o conselheiro da Presidência da Comunidade de Madri, Ángel Garrido, teve de dar explicações ao Parlamento de Madri e na época as críticas às subsidiárias latino-americanas estavam apenas começando.
Fonte: El País
Precisamente em junho, a empresa Canal de Isabel II tinha feito um de seus piores negócios no Brasil: a compra da subsidiária Emissão, pela qual tinha pagado 21,4 milhões de euros (71,5 milhões de reais) em 2013. Um ano depois, a Emissão foi avaliada em cinco milhões de euros (16,7 milhões de reais), mais de quatro vezes menos. A Canal de Isabel II despediu dois executivos por perda de confiança. Um pouco antes, em abril, o responsável por esse tipo de negócios, o conselheiro da Presidência da Comunidade de Madri, Ángel Garrido, teve de dar explicações ao Parlamento de Madri e na época as críticas às subsidiárias latino-americanas estavam apenas começando.
Fonte: El País
Nenhum comentário:
Postar um comentário