Brasília fica com maior IPCA em janeiro, diz IBGE; alta é puxada por passagens mais caras
Índice teve aumento de 0,72% no DF, enquanto a média nacional foi de 0,38%. Motivo é reajuste médio de 14,25% nas tarifas do transporte público, diz IBGE.
De todas as 13 cidades analisadas, Brasília apresentou o maior índice de inflação, de 0,72%, segundo o IBGE. De acordo com o instituto, o aumento foi puxado principalmente pelo reajuste das tarifas de ônibus.
No plano nacional, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,38% neste mês – o mais baixo desde quando começou a ser calculado. No mesmo mês de 2016, o IPCA havia atingido 1,27%. Em 12 meses, o índice desacelerou para 5,35%, abaixo dos 6,29% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Considerando apenas o item "ônibus urbano", houve alta de 14,75% nos preços. O aumento refletiu o reajuste no transporte público que vigorou de 2 a 18 de janeiro, sendo interrompido logo depois por decisão da Câmara Legislativa, mas que passou a valer desde o dia 28 por decisão da Justiça.
Os valores passaram de R$ 2,25 para R$ 2,50 nas linhas circulares e alimentadoras do BRT (aumento de 11%); R$ 3 para R$ 3,50 (aumento de 16%) em linhas metropolitanas "curtas"; e de R$ 4 para R$ 5 (aumento de 25%) no restante das linhas, além do metrô. As novas tarifas estão entre as mais caras do país.
Entenda
Por decisão do governador Rodrigo Rollemberg, as tarifas de ônibus e do metrô do DF tiveram reajuste de até 25% no começo do ano. A passagem mais cara passou de R$ 4 para R$ 5. Os deputados da Câmara Legislativa interromperam o recesso para revogar o aumento. O governo levou o caso ao Conselho Especial do Tribunal de Justiça, que mandou voltar às tarifas mais caras.
A análise do conselho, no entanto, foi feita em sede de liminar, ou seja, tem caráter provisório. Neste primeiro julgamento, os desembargadores apenas reconheceram os argumentos do Buriti de que uma eventual demora na decisão poderia ameaçar as contas do DF, já que o governo dizia que não podia continuar mantendo as gratuidades.
Agora, os desembargadores vão precisar se reunir uma segunda vez para derrubar ou manter a decisão com base no "mérito da questão". Na ocasião, ainda sem data para ocorrer, eles deverão julgar se a Câmara Legislativa tem ou não competência para anular um decreto do governador.
A lei distrital da 4.011 de 2007 diz que, embora seja função do Executivo fixar tarifas do sistema de transporte público em Brasília, medidas de reajuste devem ser submetidas ao CTPC. O Buriti argumenta que não convocou o órgão porque está impedido de aumentar gastos com pessoal.
Fonte: G1
Fonte: G1
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