Tradicional
bloco de Brasília, Pacotão
transforma crise hídrica do DF em humor e
ironia
transforma crise hídrica do DF em humor e
ironia
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Caminhão pipa que os organizadores do bloco trouxeram para criticar a política do racionamento (Foto: Graziele Frederico/G1) |
O tradicional bloco Pacotão fundado por jornalistas de Brasília para
tratar temas da atualidade com humor e ironia trouxe para o carnaval de
2017 o problema da crise hídrica no Distrito Federal. Os foliões
protestam contra o racionamento, resposta dada pelo governo de Rodrigo
Rollemberg para a falta de água nos reservatórios da cidade.
Por coincidência, a região da Asa Norte, onde desfila o bloco, está em
racionamento nesta terça-feira (28). O corte de água para a população
foi estabelecido pelo governo a partir do dia 16 de janeiro para as
áreas abastecidas pelo reservatório do Descoberto. Já as regiões
centrais de Brasília, abastecidas pela bacia do Santa Maria, tiveram
racionamento decretado em 21 de fevereiro, mas com início efetivo na
segunda-feira de carnaval (27).
O porteiro Lino Francisco dos Santos, morador do Recanto das Emas, que
está enfrentando o racionamento há 40 dias é outro que reclama do
racionamento.
“É
tanto roubo que está dando até vergonha. Os hospitais acabados, os
colégios que estão uma vergonha e agora essa história da água. Primeiro
colocaram uma multa para a gente pagar e depois cortaram a água.”
Outro folião que veio protestar no bloco foi o advogado Pedro Paulo.
Para este ano, ele escolheu vir fantasiado de ministro do Supremo
Tribunal Federal com o livro “A arte do engavetamento”. Segundo o
advogado, esta é a leitura obrigatória para ser aprovado na sabatina do
Senado Federal.
Pedro contou que nos últimos dois carnavais também veio fantasiado. “No
ano passado eu saí de político honesto. Uma fantasia, porque é só no
carnaval que você vê esse tipo de coisa. No ano anterior, eu saí de
paulistano na hora do banho carregando balde, que aliás seria bem
apropriada para esse ano também. Poderia ter vindo de brasiliense
carregando balde.”
Uma música que embalou o Pacotão em 2017 foi a “Juizeco”, criada pelo
médico Jadir Rodrigues Alves. O servidor trabalha há 15 anos no
pronto-socorro do Hospital de Base e fez uma canção para ironizar frases
e atitudes do ex-presidente do Senado e senador, Renan Calheiros
(PMDB).
“O
senado virou buteco, ele chamou o Jucá e o juiz de juizeco. Juizeco,
juizeco, no pacotão vai virar nome de boneco. O Rey Di Nam é bipolar, é
chefe do senado mas não pode governar.”
Fonte: G1
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