Assembleia de professores no DF deixa estudantes sem aula no 2º dia letivo
Em frente ao Palácio do Buriti, categoria cobra reajuste de 18%. Secretaria de Educação diz que vai cobrar reposição de aulas.
No segundo dia do ano letivo, estudantes do Distrito Federal ficaram sem aula nesta segunda-feira (13) devido a uma assembleia de professores por reajuste. Em frente ao Palácio do Buriti, eles pedem 18% de aumento e pagamento de pendências a professores e orientadores educacionais que se aposentaram nos últimos dois anos. Às 10h, a Polícia Militar informava presença de cerca de 200 pessoas no local e o sindicato da categoria, 2 mil.
O G1 entrou em contato com o a Secretaria de Educação do DF para saber o total de escolas atingidas pela paralisação, mas não recebeu retorno até a última atualização da reportagem.
Em entrevista, o secretário de Educação, Júlio Gregório, disse que os professores que não trabalharam só receberão o valor correspondente ao dia após reporem as aulas perdidas nesta segunda.
"Os diretores de escolas devem apurar a frequência dos professores e informar a Secretaria de Educação aqueles que não foram trabalhar", afirmou.
De acordo com Gregório, o GDF começou 2017 com todos os vencimentos da categoria em dia e afirmou que "não tem condição de dar o reajuste nesse momento".
"Sob pena de dar o reajuste e nós passarmos a viver em um cenário de atraso nos salários. Nós estamos fazendo uma opção, pelo pagamento do salário dos servidores em dia, atrasando inclusive salário de terceirizados", informou.
No Caseb, escola de ensino fundamental na Asa Sul, os alunos não terão aula nesta segunda. Já o Gisno, que funciona na Asa Norte e atende estudantes da mesma faixa etária, recebeu os alunos de manhã, mas afirmou que dispensou as turmas que estudam à tarde.
A categoria também pede a construção de novas escolas e a nomeação de novos professores concursados para substituição dos servidores aposentados.
Segundo a secretaria da Casa Civil, o governo tem recebido os sindicatos para tratar das diversas demandas que não geram impacto financeiro. Segundo a pasta, foram já cinco reuniões para debater o Plano Distrital de Educação e demais reivindicações da categoria.
A última foi na sexta (10). Para continuar as negociações, o próximo encontro está marcado para esta quinta-feira (16).
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