como poderia se desenvolver um conflito dos EUA simultaneamente com seus dois principais adversários - a Rússia e a China.
No final da década passada Washington desistiu da chamada doutrina de duas guerras, considerada por especialistas como o esquema padrão para garantir os meios necessários para a realização de duas operações, assinala o analista. Essa estratégia era dirigida à contenção simultânea da Coreia do Norte e a uma confrontação com o Irã ou o Iraque.
Farley opina que, no caso de essa uerra dupla" começar, os EUA terão de agir da mesma forma que na época da Segunda Guerra Mundial. O palco de batalha na Europa seria da responsabilidade das tropas terrestres do exército dos EUA, enquanto a marinha norte-americana se encarregaria das manobras no Pacífico. A Força Aérea norte-americana (aviação do longo alcance e bombardeiros invisíveis) desempenharia um papel auxiliar em ambos os teatros de operações, e as forças nucleares dos EUA forneceriam proteção caso a Rússia decidisse usar armas nucleares táticas ou estratégicas.
A situação internacional mudou e essa doutrina teve de ser rejeitada. No entanto, o poderio crescente da China, juntamente com o aumento de interação entre Moscou e Pequim, levantam a questão importante se Washington seria hoje capaz de enfrentar ações coordenadas de seus adversários no Pacífico e na Europa, considera o observador.
De acordo com Farley, as capacidades de Moscou para uma guerra com OTAN no Atlântico do Norte são muito limitadas e, além disso, a Rússia provavelmente não estará politicamente interessada nisso. Portanto, a maior parte dos porta-aviões, submarinos e navios de superfície estaria concentrada na área nos oceanos Índico e Pacífico. Isso permitiria aos EUA atacarem diretamente a "bolha chinesa A2/AD" (o sistema de restrição e bloqueio de acesso) e barrar a Pequim suas rotas marítimas de trânsito de mercadorias.
Os EUA encontrarão sérias dificuldades no teatro do Pacífico caso o Japão ou a Índia tenhamA estrutura da aliança, em cada conflito em concreto, dependeria de suas características. O principal alvo de ataques da China poderiam se tornar Filipinas, Vietnã, Coreia do Sul, Japão ou Taiwan. Os restantes [aliados dos EUA no Pacífico] provavelmente prefeririam observar de fora. Neste caso, os Estados Unidos estariam sob pressão adicional — no Pacífico ocidental eles poderiam contar apenas com eles mesmos", escreve o colunista do NI.
O analista pressupõe que Washington seria capaz de participar de duas guerras em duas frentes de combate devido ao poderio de seu exército e do poderio da Aliança Atlântica. No entanto, tal situação não permanecerá para sempre e os EUA não poderão preservar sua supremacia a esse nível "até ao infinito".
interesses no mar do Sul da China.
FONTE:ESUNIK
FONTE:ESUNIK

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