Temer anuncia pacote de construção de presídios e chama o massacre de 'acidente'. Jornais de sexta (6)

“Ação de Temer reduziria 0,4% do déficit de vaga prisional”, diz a Folha de S. Paulo Foto: Divulgação

O governo anunciou um plano nacional de segurança que inclui construção de presídios federais, compra de bloqueadores de celulares, apoio aos estados para construção e reforma de presídios, com separação de presos por gravidade do delito.

Faltaram o anúncio de metas e prazos, porque o plano estava em elaboração e acabou apresentado diante da emergência do massacre de Manaus. Em sua fala, o presidente Michel Temer usou a expressão “acidente pavoroso” quando definiu o massacre. Foi muito criticado. No blog, o massacre foi analisado como resultado do descaso do poder público.

O anúncio do plano é destaque nos jornais desta sexta-feira (6). “Governo antecipa plano para prisões sem prazos e metas”, diz o Globo. “Ação de Temer reduziria 0,4% do déficit de vaga prisional”, diz a Folha de S. Paulo.

O jornal paulista usa o dado de que o déficit seria de 250 mil vagas no sistema prisional. Os cinco presídios federais teriam capacidade de pouco mais de mil detentos.

O Estado de S. Paulo registra na primeira página o fato de Temer chamar o massacre de acidente, mas a manchete é dedicada a outro assunto. “Prejuízo acumulado pela Funcef deve chegar a R$ 18 bi”.

O Fundo de Pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal vem tendo prejuízo nos últimos anos, após ser usado pelo governo anterior para financiar obras como Belo Monte ou empresas da Odebrecht.

Os funcionários já estão pagando mais para equilibrar o fundo e os diretores dizem que vão vender a participação nas empresas da empreiteira e na usina hidrelétrica para fazer caixa.

O Valor dedica a manchete ao anúncio feito pelo BNDES de mudança na política de financiamento do banco, que dedica mais dinheiro às pequenas empresas e aos negócios sustentáveis. “Mais ‘horizontal' BNDES reforça fôlego a empresas”.

Outro tema dos jornais é a produção industrial de novembro anunciada pelo IBGE e que teve um crescimento muito menor do que os economistas haviam previstos. Isso reforça a previsão de queda maior para a economia nos dados ainda não conhecidos de 2016.

No Rio, reuniram-se o governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Marcelo Crivella e discutiram como recuperar áreas degradadas da cidade, além de tratar de questões econômicas.

A Folha fez um levantamento sobre as viagens do ex-governador Sérgio Cabral durante os anos em que ele governou o Rio. Só de turismo, ele foi ao exterior 24 vezes, ficando fora do país 126 dias. Somando as 40 viagens oficiais, ficou fora do país 343 dias, quase um ano.

Nos EUA, o diretor do Departamento de Inteligência Nacional disse que houve ação de hackers russos durante a eleição americana.