![]() |
Foto: Divulgação Sputnik |
Será um cidadão de um país da Ásia Central, provavelmente uzbeque ou quirguiz. O individuo tem, todavia, conseguido até agora iludir a enorme operação de caça ao homem montada na Turquia, e continua foragido.
Reprodução/DOGAN NEWS AGENCY |
O individuo – um militante do Daesh, que, entretanto, reivindicou o atentado, terá chegado ao país, alegadamente vindo da Síria, no dia 20 de novembro na companhia da mulher e dos seus dois filhos menores.
Alugou um apartamento em Konya, uma cidade no centro da Turquia– a sua esposa, entretanto detida, declarou que soube do ataque pela TV, e que não sabia que o seu marido era um militante jihadista.
Terá viajado para Istambul uns dias antes do fim do ano. O atacante andou por Taksim, a praça principal de Istambul, onde fez um filme com um telemóvel.
A imprensa turca especula que esse era o seu alvo preferencial, mas devido à alta segurança no local terá mudado de ideias.
Dois minutos antes da meia-noite, em plena passagem do ano, o atacante entrou num táxi no bairro de Zeytinburnu, com uma mochila. Saiu perto do Reina por causa de um engarrafamento, e andou alguns minutos até à porta da discoteca, onde começou a disparar.
Durante o ataque usou um total de 180 balas, tendo recarregado a sua metralhadora 6 vezes, e atirou a matar, já que a maior parte das vítimas foram atingidas no peito ou na cabeça.
Segundo peritos, o indivíduo terá tido treino militar, porque foi preciso e frio nas suas acções. No final, dirigiu-se às cozinhas, onde limpou e abandonou a arma, e mudou de roupa, tendo depois desaparecido sem deixar rasto.
Depois do ataque, terá entrado num táxi, que o deixou a meio caminho porque ele não tinha dinheiro - terá pedido o telemóvel do taxista para fazer uma chamada.
Entrou então noutro táxi para regressar ao bairro de Zeytinburnu, onde pediu a uns empregados de um restaurante uigure (chineses muçulmanos) para pagar a corrida.
A polícia já deteve, entretanto, várias dezenas pessoas devido a possível associação ao ataque ou ao atacante, sobretudo cidadãos cazaques e quirguizes, em Istambul, mas também em Izmir.
A imprensa turca especula que o atacante terá recebido ordens de Yusuf Hoca, um líder de uma célula do Daesh em Istambul.
Entretanto as autoridades turcas estenderam ontem por mais três meses o estado de emergência que vigora no país na sequência do falhado golpe de estado de julho passado.
Fonte: Público
Nenhum comentário:
Postar um comentário