quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

MUNDO

Turquia identifica suspeito do ataque de Ano Novo em Istambul

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Foto: Divulgação Sputnik
As autoridades turcas anunciaram hoje que conseguiram finalmente identificar o principal suspeito do brutal atentado na discoteca Reina, em Istambul, que vitimou 39 pessoas, entre os quais 25 estrangeiros, que ocorreu logo nas primeiras horas de 2017, durante as celebrações de ano novo, mas não anunciaram ainda o seu nome ou nacionalidade.
Será um cidadão de um país da Ásia Central, provavelmente uzbeque ou quirguiz. O individuo tem, todavia, conseguido até agora iludir a enorme operação de caça ao homem montada na Turquia, e continua foragido.

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Reprodução/DOGAN NEWS AGENCY

O individuo – um militante do Daesh, que, entretanto, reivindicou o atentado, terá chegado ao país, alegadamente vindo da Síria, no dia 20 de novembro na companhia da mulher e dos seus dois filhos menores.
Alugou um apartamento em Konya, uma cidade no centro da Turquia– a sua esposa, entretanto detida, declarou que soube do ataque pela TV, e que não sabia que o seu marido era um militante jihadista.
Terá viajado para Istambul uns dias antes do fim do ano. O atacante andou por Taksim, a praça principal de Istambul, onde fez um filme com um telemóvel.
A imprensa turca especula que esse era o seu alvo preferencial, mas devido à alta segurança no local terá mudado de ideias.
Dois minutos antes da meia-noite, em plena passagem do ano, o atacante entrou num táxi no bairro de Zeytinburnu, com uma mochila. Saiu perto do Reina por causa de um engarrafamento, e andou alguns minutos até à porta da discoteca, onde começou a disparar.
Durante o ataque usou um total de 180 balas, tendo recarregado a sua metralhadora 6 vezes, e atirou a matar, já que a maior parte das vítimas foram atingidas no peito ou na cabeça.
Segundo peritos, o indivíduo terá tido treino militar, porque foi preciso e frio nas suas acções. No final, dirigiu-se às cozinhas, onde limpou e abandonou a arma, e mudou de roupa, tendo depois desaparecido sem deixar rasto.
Depois do ataque, terá entrado num táxi, que o deixou a meio caminho porque ele não tinha dinheiro - terá pedido o telemóvel do taxista para fazer uma chamada.
Entrou então noutro táxi para regressar ao bairro de Zeytinburnu, onde pediu a uns empregados de um restaurante uigure (chineses muçulmanos) para pagar a corrida.
A polícia já deteve, entretanto, várias dezenas pessoas devido a possível associação ao ataque ou ao atacante, sobretudo cidadãos cazaques e quirguizes, em Istambul, mas também em Izmir.
A imprensa turca especula que o atacante terá recebido ordens de Yusuf Hoca, um líder de uma célula do Daesh em Istambul.
Entretanto as autoridades turcas estenderam ontem por mais três meses o estado de emergência que vigora no país na sequência do falhado golpe de estado de julho passado.


Fonte: Público

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