Zoo
de Goiânia teve 9 cobras
furtadas que valem até R$ 33 mil,
diz
polícia
Suspeita é que 5 adultos e 4 filhotes sejam vendidos no 'mercado negro'.
|
O inquérito foi aberto na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema). De acordo com a delegada, os crimes foram cometidos no mês de dezembro do ano passado em três eventos consecutivos, num intervalo de uma semana entre eles. Depois de constatar cada um dos delitos, a própria diretoria do zoológico acionou a polícia.
"No dia 5, foram roubadas uma salamanta adulta e quatro filhotes. Já no dia 13, foram três serpentes de espécies diferentes: uma cobra-do-milho, uma píton e uma cobra-cachorra. Por fim, no dia 19, foi levada uma salamanta vermelha. No tráfico de animais, cada adulta vale R$ 6 mil e os filhotes R$ 800", disse Lara.
A cobra levada com os filhotes estava no viveiro do zoológico. Já as outras foram furtadas diretamente dos aquários onde ficam expostas ao público. Os dois locais são de acesso restrito, o que leva a delegada a suspeitar de funcionários e ex-funcionários.
"Não é qualquer um que pode chegar lá e pegar esses animais. Eles causam repulsa a muitas pessoas e fascínio a poucas. Depende ainda que a pessoa que cometeu o crime saiba manejar esses animais, diferenciar os peçonhentos dos não peçonhentos, e principalmente, o valor de mercado dessas serpentes", destaca.
A responsável pelo caso pontuou que não há em Goiás nenhum serpentário que atenda todos os requisitos legais para criar as espécies de cobras furtadas. Isso fortalece a suspeita de tráfico de animais. Quem deseja ter uma cobra como animal de estimação precisa atender uma série de determinações legais, o que dificulta o acesso do público comum à elas.
A polícia já ouviu diretores e servidores do parque. Porém, a falta de testemunhas e câmeras de monitoramento dificultam a identificação do suspeito.
Os envolvidos no crime, se presos, podem ser indiciados por crime contra o patrimônio, furto qualificado e tráfico de animais silvestres. Em caso de condenação, a pena pode ser de até seis anos de detenção.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Goiânia informou ao Portal de Notícias G1, por telefone, que, a pedido da Polícia Civil, não vai se pronunciar sobre o caso para não atrapalhar as investigações.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário