Soja: colheita mais lenta e queda nos preços marcaram a semana
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Janeiro está se encerrando e com ele a oportunidade do registro de grandes avanços na colheita. Isso porque, até o fim da última semana, apenas 16,25% da área total de MT foi colhida, ficando abaixo do seu potencial, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
As
chuvas são a causa para esse cenário, que refletiram, sobretudo, na
última semana, quando o avanço foi de apenas 4,77 p.p. Apesar
disso, a safra 16/17 ainda registra adiantamento em relação à
temporada 15/16, de 8,06 p.p. neste momento.
Grande
parte do Estado vem registrando grandes volumes de chuvas, o que
impossibilitou em alguns dias a entrada dos maquinários. Além
disso, segundo o Imea, as chuvas estão refletindo também na umidade
dos grãos recém-colhidos, que até agora registram níveis acima
dos anos anteriores.
“Para
a primeira semana de fevereiro, as previsões meteorológicas apontam
uma redução nos volumes pluviométricos e que, se confirmada, pode
colaborar para a guinada na colheita da nova safra”, diz o Imea em
comunicado.
Queda
dos preços
O
preço interno da soja em grão em Mato Grosso fechou a semana com
recuo de 1,32% e média de R$ 61,30/sc. O avanço da colheita, aliado
à desvalorização das cotações na CBOT e no câmbio, pautou a
movimentação das cotações internas.
Na
Bolsa de Chicago (CBOT – mar/17) encerrou a última semana com
perda de 1,75%, sob influência da realização de lucro dos
investidores e também pelas incertezas em torno das últimas medidas
do governo Trump.
Esmagamento
da safra 2015/2016
Mato
Grosso encerra a safra 2015/2016 de soja com um total esmagado de 8,2
milhões de toneladas, valor um pouco acima ao da média dos últimos
cincos anos, de 8,1 milhões de toneladas.
De
acordo com o Imea, esse resultado ainda não reflete todo o potencial
do Estado porque a capacidade não utilizada das indústrias em
funcionamento apresentou aumento se comparada à de 2015, mesmo com a
margem bruta de esmagamento em 2016 se apresentando como a segunda
melhor em relação aos últimos cinco anos e também a 2015.
“A
causa foi a quebra de safra, que reduziu a disponibilidade do grão
de soja em Mato Grosso, e que teve como foco de demanda as
exportações, registrando volume recorde em 2016.
Para
a safra 16/17, mesmo com a expectativa de demanda externa aquecida,
se espera que a falta de grãos no Estado não seja um empecilho em
2017, ficando o esmagamento atrelado às oscilações da margem bruta
das indústrias”, afirma o Imea.
Fonte:
Farming
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