Pontos de entrega voluntária funcionarão nas regiões de Ceilândia, Gama, Planaltina, Brazlândia, Taguatinga e Guará Foto: Dênio Simões/Agência Brasília |
Marco da gestão de resíduos na capital do País, o Aterro Sanitário de Brasília iniciará a operação em janeiro de 2017. Situado entre Samambaia e Ceilândia, na DF-180, o espaço terá 760 mil metros quadrados — 320 mil destinados a receber rejeitos (materiais não reutilizáveis) – e vai permitir que a cidade, finalmente, faça o tratamento correto do lixo, com respeito ao meio ambiente e à segurança para a sociedade.
A finalização da primeira etapa do aterro – que se arrastava desde
gestões anteriores – é a principal ação do plano de modernização do
tratamento do lixo no Distrito Federal, mas não a única. No próximo ano,
o governo de Brasília ainda vai dar andamento à
construção e reforma de centros de triagem e de pontos de entrega
voluntária, além de seguir com a reorganização da coleta seletiva.No Aterro Sanitário de Brasília, inicialmente serão depositadas cerca de
900 toneladas de rejeitos por dia.
A parte operacional da etapa 1 está
pronta, e acabamentos vêm sendo feitos nas edificações. “São coisas que
não impedem a operação do aterro”, destaca a presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Kátia Campos. A licença de operação foi concedida pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) neste mês.
A construção ocorre em quatro etapas. A primeira tem 110 mil metros
quadrados, divididos em quatro células de aterramento. A conclusão de
apenas uma delas é suficiente para ativar o espaço.
Kátia explica como está o cronograma. “Já foram instalados os
controles da entrada de resíduos junto às balanças. Vai ser totalmente
informatizado, e é um local onde só terão acesso os caminhões com os
motoristas, além da empresa com as máquinas que vão compactar e cobrir
os rejeitos. Os garis descerão na entrada e terão lugar para ficar
enquanto o caminhão é descarregado.”
O aterro foi projetado para receber 8,13 milhões de toneladas de
rejeitos e, com isso, ter vida útil de aproximadamente 13 anos. As
técnicas usadas num local desse tipo asseguram proteção ao meio ambiente
e correto tratamento dos resíduos.
Nova política minimiza impactos ambientais
A impermeabilização do solo e o sistema de drenagem reduzem o volume
do lixo e evitam a contaminação de áreas próximas, além da proliferação
de animais, como roedores e urubus.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº
12.305, de 2 de agosto de 2010, estabeleceu, entre outras exigências, a
disposição de rejeitos apenas em aterros sanitários — técnica que
minimiza impactos ambientais.
O funcionamento da nova instalação é uma das medidas necessárias para
encerrar as atividades no aterro controlado do Jóquei, na Estrutural. No
processo de desativação, o SLU trabalha com melhorias para o espaço, o
que permitiu a mudança de status de lixão para aterro controlado, como a
manutenção de cerca no local e de apenas duas entradas para veículos e
uma para pedestres.
Também foram instalados tubos de concreto para drenar, por meio de
queima, os gases emitidos. Outra mudança foi a implantação de balanças
eletrônicas no local, que permitem medir com precisão a carga dos
caminhões.
Novos contratos para a limpeza urbana
Além do avanço nas obras do aterro, diversas ações foram
desenvolvidas ao longo de 2016 para promover mudanças na gestão de
resíduos em Brasília. Uma delas é a construção e a reforma de centros de
triagem, cujos processos licitatórios foram lançados e a reorganização
da coleta seletiva.
Também foi definida a contratação de consultoria especializada para
apoiar o governo na elaboração do Plano Distrital de Saneamento Básico e
do Plano Distrital de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Para 2017, o SLU planeja melhorar a eficiência dos serviços com novos
contratos de limpeza urbana e manejo de resíduos. A proposta é dividir o
DF em três partes e contratar empresas para atuar em cada uma delas,
nos serviços de varrição, de catação de papel em áreas verdes, de
pintura de meios-fios, de lavagem de equipamentos públicos — como
paradas de ônibus —, de coleta convencional e seletiva.
A atuação de cooperativas para esse tipo de serviço continuará.
Audiência pública para discutir o edital de licitação foi feita em 16 de
dezembro. Entre as especificidades da contratação está a instalação de
contêineres semienterrados, como já ocorre no Setor Habitacional Sol Nascente, em Ceilândia.
O local conta com equipamentos desse tipo em pontos escolhidos por
serem de difícil entrada de caminhões para recolhimento do lixo, e
também porque são espaços em que a população mantinha o hábito de fazer o
descarte em um único ponto no final da rua.
Feitos de dois tipos de material (plástico resistente e concreto e
aço), os contêineres semienterrados têm capacidade para 5 metros cúbicos
de lixo, o que equivale a cinco unidades comuns. A retirada dos
resíduos é feita com caminhões específicos, que contam com braço
mecânico.
Trata-se de modelo adotado internacionalmente. “Essa solução vem
sendo implantada em vários países do mundo, em várias capitais, em áreas
nobres. Aqui em Brasília nós invertemos o processo: ao invés de começar
nas áreas tombadas do Plano Piloto, iniciamos nas áreas mais carentes”,
explica Kátia Campos.
Fonte: Agência Brasília
A parte operacional da etapa 1 está pronta, e acabamentos vêm sendo feitos nas edificações. “São coisas que não impedem a operação do aterro”, destaca a presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Kátia Campos. A licença de operação foi concedida pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) neste mês.
A construção ocorre em quatro etapas. A primeira tem 110 mil metros quadrados, divididos em quatro células de aterramento. A conclusão de apenas uma delas é suficiente para ativar o espaço.
Kátia explica como está o cronograma. “Já foram instalados os controles da entrada de resíduos junto às balanças. Vai ser totalmente informatizado, e é um local onde só terão acesso os caminhões com os motoristas, além da empresa com as máquinas que vão compactar e cobrir os rejeitos. Os garis descerão na entrada e terão lugar para ficar enquanto o caminhão é descarregado.”
O aterro foi projetado para receber 8,13 milhões de toneladas de rejeitos e, com isso, ter vida útil de aproximadamente 13 anos. As técnicas usadas num local desse tipo asseguram proteção ao meio ambiente e correto tratamento dos resíduos.
Nova política minimiza impactos ambientais
A impermeabilização do solo e o sistema de drenagem reduzem o volume do lixo e evitam a contaminação de áreas próximas, além da proliferação de animais, como roedores e urubus.A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, estabeleceu, entre outras exigências, a disposição de rejeitos apenas em aterros sanitários — técnica que minimiza impactos ambientais.
O funcionamento da nova instalação é uma das medidas necessárias para encerrar as atividades no aterro controlado do Jóquei, na Estrutural. No processo de desativação, o SLU trabalha com melhorias para o espaço, o que permitiu a mudança de status de lixão para aterro controlado, como a manutenção de cerca no local e de apenas duas entradas para veículos e uma para pedestres.
Também foram instalados tubos de concreto para drenar, por meio de queima, os gases emitidos. Outra mudança foi a implantação de balanças eletrônicas no local, que permitem medir com precisão a carga dos caminhões.
Novos contratos para a limpeza urbana
Além do avanço nas obras do aterro, diversas ações foram desenvolvidas ao longo de 2016 para promover mudanças na gestão de resíduos em Brasília. Uma delas é a construção e a reforma de centros de triagem, cujos processos licitatórios foram lançados e a reorganização da coleta seletiva.Também foi definida a contratação de consultoria especializada para apoiar o governo na elaboração do Plano Distrital de Saneamento Básico e do Plano Distrital de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Para 2017, o SLU planeja melhorar a eficiência dos serviços com novos contratos de limpeza urbana e manejo de resíduos. A proposta é dividir o DF em três partes e contratar empresas para atuar em cada uma delas, nos serviços de varrição, de catação de papel em áreas verdes, de pintura de meios-fios, de lavagem de equipamentos públicos — como paradas de ônibus —, de coleta convencional e seletiva.
A atuação de cooperativas para esse tipo de serviço continuará. Audiência pública para discutir o edital de licitação foi feita em 16 de dezembro. Entre as especificidades da contratação está a instalação de contêineres semienterrados, como já ocorre no Setor Habitacional Sol Nascente, em Ceilândia.
O local conta com equipamentos desse tipo em pontos escolhidos por serem de difícil entrada de caminhões para recolhimento do lixo, e também porque são espaços em que a população mantinha o hábito de fazer o descarte em um único ponto no final da rua.
Feitos de dois tipos de material (plástico resistente e concreto e aço), os contêineres semienterrados têm capacidade para 5 metros cúbicos de lixo, o que equivale a cinco unidades comuns. A retirada dos resíduos é feita com caminhões específicos, que contam com braço mecânico.
Trata-se de modelo adotado internacionalmente. “Essa solução vem sendo implantada em vários países do mundo, em várias capitais, em áreas nobres. Aqui em Brasília nós invertemos o processo: ao invés de começar nas áreas tombadas do Plano Piloto, iniciamos nas áreas mais carentes”, explica Kátia Campos.
Fonte: Agência Brasília
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