terça-feira, 8 de novembro de 2016

MUNDO

Ortega conquista 3º mandato na Nicarágua; oposição não reconhece resultado

 

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Daniel Ortega Foto: Divulgação

O presidente Daniel Ortega avança para obter a reeleição na Nicarágua, apesar das críticas de nepotismo e de uma alegada grande abstenção por parte da oposição, que não reconhece o resultado da votação.
De acordo com a apuração de 66,3% das urnas divulgada pelo Conselho Supremo Eleitoral (CSE), o líder sandinista aparece com 72,1% dos votos, contra 14,2% para o candidato de direita do Partido Liberal Constitucionalista (PLC), Maximino Rodríguez.
O presidente do CSE, Roberto Rivas, agradeceu o "alto grau de participação e civismo" da população na eleição, que calculou em 65,3%. A oposição, no entanto, afirma que a abstenção chegou a 70%.
Após a divulgação do resultado preliminar, simpatizantes de Ortega e de sua esposa Rosario Murillo, que será vice-presidente, comemoraram na Praça das Vitórias, zona oeste de Manágua.
Ortega governou a Nicarágua entre 1979 e 1990, durante a revolução sandinista, e depois a partir de 2007.
Mas a oposição considerou que a eleição foi marcada por uma abstenção em massa, mesmo em locais onde a influência do partido de Ortega, a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), é tradicional.
"É evidente em todo o país que o abstencionismo foi grande. Nós calculamos de 70% a 80% de abstenção", afirmou a líder da opositora Frente Ampla pela Democracia (FAD), Violeta Granera.
"Não reconhecemos os resultados desta farsa e, com a força de vontade manifestada pelo povo da Nicarágua, a declaramos nulas", disse Granera.
Na eleição legislativa, a FSLN aparece com 66,4% dos votos, enquanto o PLC tem 14,7%.
O dia de votação foi considerado tranquilo, mas as organizações de defesa dos direitos humanos e a imprensa citaram casos de violência, não confirmados a princípio pelas autoridades.
O Centro Nicaraguense dos Direitos Humanos (CENIDH) informou as mortes de três simpatizantes do Partido Liberal Independente (PLI) em Cidade Antiga, perto da fronteira com Honduras, em um suposto confronto com militares.
No município de Nova Guiné, ao leste de Manágua, um centro de votação foi incendiado, de acordo com a imprensa.

Fonte: AFP

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