sexta-feira, 14 de outubro de 2016

MEIO AMBIENTE/DF

Tarifa de contingência da água deve entrar em vigor em duas semanas

Resultado de imagem para barragem do descoberto

As duas principais fontes de abastecimento do Distrito Federal nunca estiveram em situação tão crítica Créditos imagem: Myke Sena

Se for implementada, a tarifa de contingência de até 40% sobre a conta de água vai poupar pelo menos 292,8 mil imóveis do Distrito Federal – o equivalente a 45,76% dos consumidores da Caesb –, que consumem menos de 10 mil litros de água por mês. O volume é suficiente para abastecer uma família de quatro habitantes, em média. Pelas regras, só esse grupo e centros de saúde, como hospitais e hemocentros, ficam liberados da taxa extra.
Na última sexta-feira (7), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa) anunciou que a cobrança só entra em vigor quando o reservatório do Descoberto ou de Santa Maria atingirem nível de 25% ou menos. Como a conta de água também é associada à de esgoto, na prática, o consumidor só sentiria impacto de 20% no valor.
Ao Portal de Notícias G1, a Caesb informou que 83% do consumo do DF vêm de pessoas físicas, que utilizam 13,5 bilhões de litros por mês. O comércio responde por 9% do consumo do DF, que escoa cerca de 1,5 milhão de litros d'água mensais. A indústria é responsável por 0,44% da água consumida – 72 milhões de litros por mês.
A Adasa estima que a tarifa comece a ser cobrada daqui a duas semanas, se o nível de consumo se mantiver. Até esta terça (11), o reservatório do Descoberto estava com volume útil de 29,37%, e o de Santa Maria, 45,28%. Os reservatórios são responsáveis por abastecer 85% da população do DF.
Trajetória
No início de agosto, os reservatórios atingiram 60% da capacidade – fruto da estiagem que sempre é registrada no DF entre junho e setembro, com maior ou menor intensidade. As chuvas abaixo do esperado no primeiro semestre, o período de estiagem e a baixa dos córregos já causavam perdas na agricultura em Brazlândia e em Planaltina mas, em 8 de agosto, a Adasa afirmou que o DF não corria risco de racionamento no curto prazo.

No dia 18 daquele mês, a barragem do Descoberto chegou a 54% da capacidade, e a de Santa Maria, a 56%. Com isso, o DF entrou em estado de atenção e a Adasa reforçou as campanhas pela economia de água, embora continuasse a afastar a hipótese de racionamento.

Em 16 de setembro, o "estado de atenção" foi convertido em "estado de alerta", e os reservatórios caíram abaixo dos 40%. Nesse nível, se não houver chuva adicional, o estoque de água é suficiente apenas para 73 dias de consumo.



Fonte: G1 DF/ Gabriel Luiz

 

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