Escândalos de corrupção comprometem ainda mais imagem da Câmara Legislativa
Os escândalos políticos revelados nas últimas semanas colocaram em
cheque, mais uma vez, a competência e a importância da Câmara
Legislativa para o Distrito Federal. O terremoto causado pelo vazamento
das conversas entre Celina Leão (PPS) e Liliane Roriz (PTB), segundo
cientistas políticos e especialistas ouvidos pelo Correio, encontra-se
distante de acabar e o caminho para o restabelecimento da credibilidade
do Legislativo local, provavelmente, será complicado.
O processo,
ainda assim, é necessário. Apesar do desgaste diante da população, a
Casa é imprescindível para a regulamentação e a aprovação de leis em
benefício dos brasilienses. Além disso, é dever dos 24 deputados
distritais receber e observar demandas, a fim de encaminhá-las ao
Buriti: eles moldam as necessidades da comunidade em ofícios. Dessa
forma, estudiosos são categóricos ao afirmar que os problemas políticos
não são desencadeados pela existência da CLDF e, sim, por alguns
ocupantes das cadeiras de maior prestígio do Plenário.
Os fatos
investigados atualmente pela Operação Drácon remetem ao último grande
escândalo de corrupção do DF, desvelado pela Operação Caixa de Pandora,
deflagrada em 2009. À época, a Polícia Federal investigava um esquema de
pagamento de propina em troca do apoio de parlamentares. De acordo com o
advogado perito em políticas públicas Emerson Masullo, os áudios que
denunciam a conjectural liberação de subsídios das emendas para a
quitação de dívidas das UTIs mediante a disponibilização de propina por
parte de empresários do setor da saúde apenas trouxeram à tona problemas
que se alastram na Câmara Legislativa há cerca de uma década.
Fonte: Correio Braziliense
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