Bolívia e Venezuela reagem a impeachment e Brasil convoca embaixadores
O afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência do Brasil estremeceu as relações diplomáticas com países da América Latina.
Em sua conta no Twitter, o presidente da Bolívia, Evo Morales, chamou o impeachment de golpe contra a democracia e convocou o embaixador em Brasília, José Kinn Franco.
A Venezuela foi além. Nicolás Maduro retirou definitivamente o embaixador venezuelano no Brasil, Alberto Efraín Padilha, e ainda congelou as relações com o governo de Michel Temer.
O ministro das relações exteriores José Serra reagiu ao anúncio da Venezuela.
Sonora: “O governo venezuelano não tem nenhuma moral pra falar em democracia uma vez que eles não adotam o regime democrático. Basta dizer que a Venezuela tem prisioneiros políticos. Um país que tem prisioneiros políticos não vive sob uma democracia.”
Logo que assumiu, em junho, como ministro de Relações Exteriores, Serra prestou solidariedade à Venezuela diante do aprofundamento da crise econômica vivida por aquele país, com desabastecimento de alimentos e remédios e superinflação.
Mesmo diante da postura venezuelana, o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Carlos Pio, duvida que a decisão de Maduro afete o acolhimento de imigrantes venezuelanos em busca de melhores condições de vida no Brasil
Sonora: “É óbvio que envolve questões diplomáticas e seria melhor que os dois países estivessem no melhor de suas relações. No entanto. no momento presente. as decisões são de questão humanitária, de como responder à chegada desses indivíduos, independente de sua cidadania, chegada no território nacional.”
Ainda em reação às críticas recebidas pelo processo de impeachment, o governo brasileiro convocou os representantes do Brasil na Bolívia, Venezuela e Equador para consulta.
Fonte: EBC
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