sexta-feira, 2 de setembro de 2016

MUNDO

Na Etiópia, líderes religiosos ajudam no combate à violência a mulheres




Segundo ONU Mulheres, 40% das jovens na faixa etária dos 20 anos casaram-se antes dos 18; 74% da mulheres do país enfrentaram mutilação genital; treinamento de agência envolveu plano de ação contra violência de género.
Em 2013, o programa apoiou grupos de gênero que discutiam a prevenção da violência contra a mulher em comunidades escolares. Foto: ONU Mulheres/Kristin Ivarsson (arquivo)

Uma iniciativa que inclui líderes religiosos na Etiópia pode ajudar a combater a violência a mulheres e a mutilação genital.
Um dos participantes do projeto, que conta com o apoio da entidade ONU Mulheres, é o arcebispo Abune Markos, que já afirmou publicamente acreditar na equidade de género.
Chave
O clérigo também combate o casamento infantil e diz que a educação é poder e chave para a liberdade. Markos é categórico em afirmar que o casamento só pode ocorrer quando as pessoas são adultas, ou seja, com no mínimo 18 anos de idade.
O arcebispo já formou mais de 300 líderes religiosos na Zona Gojam Leste para que eles possam influenciar, de forma positiva, suas comunidades evitando a violência a meninas e mulheres, principalmente em áreas rurais.
Na Etiópia, 40% por centro de todas as mulheres de 20 anos de idade se casaram antes dos 18 anos. E aquelas na faixa etária de 15 e 49 anos, 74% já sofreram mutilação genital.
No final da formação, em fevereiro deste ano, os líderes religiosos apresentaram um chamado à ação de 13 pontos para acabar com essas práticas tradicionais.
Os líderes religiosos afirmaram que, através da formação, as comunidades conseguiram evitar 470 casamentos infantis nos distritos de Guzamn e Sinan, de acordo com os participantes da iniciativa.
A formação foi realizada como parte de uma cooperação com a ONU Mulheres.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

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