Líder da Rede quer que Maia antecipe votação sobre Cunha
Sessão para votar a cassação está marcada para o dia 12 de setembro.
Maia justificou que base prefere votar caso Cunha depois do impeachment.
O líder da Rede na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (RJ), informou nesta quinta-feira (11) que irá apresentar um requerimento para antecipar a votação do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), marcada para o dia 12 de setembro.
A data de votação sobre o caso Cunha foi anunciada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na noite de quarta (10), após semanas sendo cobrado. O processo disciplinar, que tramitou no Conselho de Ética e depois na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), está pronto desde antes do recesso parlamentar de julho.
A justificativa de Maia é que precisava consultar os líderes partidários a fim de garantir o quórum no dia da votação.
Segundo Molon, o requerimento para convocar uma sessão extraordinária com a votação da cassação na pauta será apresentado na próxima sessão deliberativa da Casa, prevista para o dia para o dia 22 de agosto. Ele quer que a sessão seja convocada no prazo de 24 horas.
Dependerá, porém, de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) submeter o requerimento à votação. Pelo regimento da Casa, em tese, isso teria que acontecer, mas, na prática, como há diversos requerimentos na fila, o presidente costuma colocar em votação apenas quando houver acordo com a maioria dos líderes.
Molon argumentou ainda que a data escolhida tem o incoveniente de ser uma segunda-feira, dia da semana em que normalmente não há quórum, e a 19 dias da eleição de outubro, quando as campanhas deverão se intensificar.
"[12 de setembro] É inaceitável. É uma data que tem tudo para não dar certo seja pela proximidade da eleição seja por ser numa segunda-feira. Parece que a Câmara, no fundo, não quer votar a cassação de Eduardo Cunha. Parecer que a pressão e de uma boa parte da base do governo quer a todo custo salvar o mandato de Eduardo Cunha", disse o líder da Rede.
A intenção dele é que o requerimento seja votado nominalmente, quando há o registro do voto no painel. "Os líderes e os deputados vão ter que se posicionar votando a favor da convocação extraordinária ou contra", declarou.
Para ser aprovado o requerimento, é preciso haver um quórum mínimo de 257 presentes à sessão e a maioria simples dos votos.
Na semana que vem, não deverão ser convocadas sessões porque em que terão início as campanhas para as eleições municipais e, tradicionalmente, é um período em que poucos deputados devem comparecer à Câmara.
A marcação apenas para setembro repercutiu mal também entre outros partidos adversários de Cunha.
Para os adversário de Cunha, a medida visa proteger o Palácio do Planalto até a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que tramita no Senado.
Na avaliação do líder do PSOL, Ivan Valente (SP), se Cunha cair antes do impeachment estar resolvido, há o risco de ele revelar acusar aliados.
“Maia atendeu a um pedido do Temer, que está temeroso, e da esmagadora maioria da base aliada que assumiu o desgaste também, de adiar mais uma vez a questão do Cunha. Ele [Maia] vai ficar com a fama de quem fez uma grande manobra para evitar que Temer seja atingido por um tiroteio que viria do Cunha", disse o deputado do PSOL.
Molon também acusou o Planalto de fazer pressão. "Considero um erro gravíssimo ele ter cedido à pressão de boa parte dos líderes da base do Palácio do Planalto. É preparar o terreno para que não tenha votação ou que leve à não cassação de Eduardo Cunha, o que seria uma tragédia para a Casa", sustentou.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) criticou a escolha do dia 12 de setembro, pelo risco de ter que ser adiada por falta de quórum. "Não jogam a bóia ostensivamente [para salvar Eduardo Cunha], mas a deixam cair no mar", afirmou.
O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), porém, tem reiterado que não há qualquer tipo de interferência do Planalto nessa questão
Quorum
Na avaliação de deputados, os cálculos para a marcação da data levaram em conta que a semana que vem será de baixo quorum na Câmara porque muitos deputados estarão em seus redutos eleitorais no seu estado de origem para participar do início da campanha eleitoral nos municípios. Na outra semana, a prioridade deverá ser votar o projeto que altera as regras de exploração do pré-sal.
Depois, na semana seguinte, Rodrigo Maia deverá assumir a presidência da República por conta de uma viagem à China de Temer. Na outra, provavelmente será uma semana esvaziada em razão do feriado de 7 de Setembro, que cai numa quarta-feira.
O líder da Rede na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (RJ), informou nesta quinta-feira (11) que irá apresentar um requerimento para antecipar a votação do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), marcada para o dia 12 de setembro.
A data de votação sobre o caso Cunha foi anunciada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na noite de quarta (10), após semanas sendo cobrado. O processo disciplinar, que tramitou no Conselho de Ética e depois na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), está pronto desde antes do recesso parlamentar de julho.
A justificativa de Maia é que precisava consultar os líderes partidários a fim de garantir o quórum no dia da votação.
Segundo Molon, o requerimento para convocar uma sessão extraordinária com a votação da cassação na pauta será apresentado na próxima sessão deliberativa da Casa, prevista para o dia para o dia 22 de agosto. Ele quer que a sessão seja convocada no prazo de 24 horas.
Dependerá, porém, de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) submeter o requerimento à votação. Pelo regimento da Casa, em tese, isso teria que acontecer, mas, na prática, como há diversos requerimentos na fila, o presidente costuma colocar em votação apenas quando houver acordo com a maioria dos líderes.
Molon argumentou ainda que a data escolhida tem o incoveniente de ser uma segunda-feira, dia da semana em que normalmente não há quórum, e a 19 dias da eleição de outubro, quando as campanhas deverão se intensificar.
"[12 de setembro] É inaceitável. É uma data que tem tudo para não dar certo seja pela proximidade da eleição seja por ser numa segunda-feira. Parece que a Câmara, no fundo, não quer votar a cassação de Eduardo Cunha. Parecer que a pressão e de uma boa parte da base do governo quer a todo custo salvar o mandato de Eduardo Cunha", disse o líder da Rede.
A intenção dele é que o requerimento seja votado nominalmente, quando há o registro do voto no painel. "Os líderes e os deputados vão ter que se posicionar votando a favor da convocação extraordinária ou contra", declarou.
Para ser aprovado o requerimento, é preciso haver um quórum mínimo de 257 presentes à sessão e a maioria simples dos votos.
Na semana que vem, não deverão ser convocadas sessões porque em que terão início as campanhas para as eleições municipais e, tradicionalmente, é um período em que poucos deputados devem comparecer à Câmara.
A marcação apenas para setembro repercutiu mal também entre outros partidos adversários de Cunha.
Para os adversário de Cunha, a medida visa proteger o Palácio do Planalto até a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que tramita no Senado.
Na avaliação do líder do PSOL, Ivan Valente (SP), se Cunha cair antes do impeachment estar resolvido, há o risco de ele revelar acusar aliados.
“Maia atendeu a um pedido do Temer, que está temeroso, e da esmagadora maioria da base aliada que assumiu o desgaste também, de adiar mais uma vez a questão do Cunha. Ele [Maia] vai ficar com a fama de quem fez uma grande manobra para evitar que Temer seja atingido por um tiroteio que viria do Cunha", disse o deputado do PSOL.
Molon também acusou o Planalto de fazer pressão. "Considero um erro gravíssimo ele ter cedido à pressão de boa parte dos líderes da base do Palácio do Planalto. É preparar o terreno para que não tenha votação ou que leve à não cassação de Eduardo Cunha, o que seria uma tragédia para a Casa", sustentou.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) criticou a escolha do dia 12 de setembro, pelo risco de ter que ser adiada por falta de quórum. "Não jogam a bóia ostensivamente [para salvar Eduardo Cunha], mas a deixam cair no mar", afirmou.
O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), porém, tem reiterado que não há qualquer tipo de interferência do Planalto nessa questão
Quorum
Na avaliação de deputados, os cálculos para a marcação da data levaram em conta que a semana que vem será de baixo quorum na Câmara porque muitos deputados estarão em seus redutos eleitorais no seu estado de origem para participar do início da campanha eleitoral nos municípios. Na outra semana, a prioridade deverá ser votar o projeto que altera as regras de exploração do pré-sal.
Na avaliação de deputados, os cálculos para a marcação da data levaram em conta que a semana que vem será de baixo quorum na Câmara porque muitos deputados estarão em seus redutos eleitorais no seu estado de origem para participar do início da campanha eleitoral nos municípios. Na outra semana, a prioridade deverá ser votar o projeto que altera as regras de exploração do pré-sal.
Depois, na semana seguinte, Rodrigo Maia deverá assumir a presidência da República por conta de uma viagem à China de Temer. Na outra, provavelmente será uma semana esvaziada em razão do feriado de 7 de Setembro, que cai numa quarta-feira.
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