África, Paz e Segurança – Episódio 4: Processos de paz inclusivos
Analista do Departamento de Assuntos Políticos da ONU destaca vantagens de ter a sociedade civil e as mulheres integradas em diálogo para resolver conflitos; envolvimento seria na negociação direta e para conceber políticas.
As Nações Unidas querem que a sociedade civil e as mulheres sejam mais envolvidas na resolução de conflitos em África.
A especialista sénior Valéria de Campos Mello disse à Rádio ONU que para criar maior consciência em relação a processos de paz inclusivos estes dois lados podem integrar grupos de negociação em conflitos.
Produção
A analista lidera a Divisão da África Austral e do Oceano Índico no Departamento de Assuntos Políticos da ONU. Ela falou de situações de instabilidade onde a intervenção dos grupos pode ser produtiva.
"É a questão do Boko Haram, mas também na Somália com Al-Shabaab com o risco de que acontecimentos possam vir a ocorrer em outros países. Outra prioridade é que esteja claro que para consolidar a paz é necessária uma ação integrada."
A conversa decorreu em Nova Iorque para a série "África, Paz e Segurança".
Instituições Eficazes
O foco foi o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, ODS, número 16 que prevê promover sociedades pacíficas e inclusivas, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes e responsáveis em vários níveis.
A analista disse que há maior consciência acerca do maior envolvimento de diversas opiniões em diálogos para a estabilização.
"A questão do acesso à Justiça, a questão dos fluxos financeiros e armas ilícitos, a questão do crime organizado e há condições para a paz duradoura, a questão da corrupção hoje em dia as populações nos vários continentes estão mobilizados sobre esse tema. Na região África do Sul tem-se tornado muito importante a necessidade de desenvolver jovens instituições sólidas e transparentes."
Agenda de Mediação
A especialista destacou que as sociedades devem assumir cada vez mais que a intervenção feminina é fundamental para formular políticas.
"Hoje em dia eu acho que existe uma maior consciência de que processo de paz deve ser mais inclusivo. Existem mecanismos como grupos de apoio, grupos de amigos e fóruns consulta da sociedade civil, mesmo onde a sociedade civil não esteja presente na mesa de negociações. Existem fórmulas diversas de consultá-la, de pedir insumos e diferentes temas da agenda de mediação para que essa voz também possa ser ouvida. Nesse contexto é importante também a participação de grupos de mulheres. Nós, como as Nações Unidas, temos tentado encorajar e vemos que alguns problemas como violência sexual continuam."
A última parte da série "África, Paz e Segurança" destaca a situação na República Democrática do Congo. Acompanhe a busca de soluções para a crise congolesa que envolve a ONU e países da região como Angola e Moçambique.
Fonte: Rádio das Nações Unidas
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