Zagueiro garante que sequelas de Ricardo Gomes não atrapalham
Ricardo Gomes usou sua apresentação, na terça-feira, também para explicar um pouco das sequelas que carrega até hoje por causa do Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em 2001. Foi fácil notar que o técnico tem um acerta dificuldade em se comunicar, mas, nada que o impeça de ser compreendido, ao menos em uma conversa tranquila, como foi a sua primeira entrevista coletiva neste retorno ao São Paulo. A dúvida que ficou foi de como isso pode interferir no trabalho de campo. Mas, segundo o zagueiro Lyanco, as sequelas não serão problema.
“Logo quando ele chegou ele reuniu o grupo e falou como ele queria trabalhar. Falou das sequelas, mas ele falou e a gente percebeu que isso não vai atrapalhar em nada. Da para entender o que ele quer. A gente vai abraçar da melhor forma. Isso com certeza não vai atrapalhar nada dentro e fora de campo”, garantiu o jovem titular da zaga são-paulina., que já conhece Ricardo Gomes de outras épocas.
“É um treinador que todo mundo conhece. Eu peguei um pouco dele no Botafogo. Logo depois que ele chegou, eu saí. Tanto dentro como fora de campo é uma pessoa que sabe lidar com futebol e com as pessoas, jogou na minha posição, creio que vai ajudar bastante. Vai ser importante para o grupo crescer”, apostou.
Uma das metas do sucessor de Edgardo Bauza no Tricolor do Morumbi é reequilibrar a equipe, que tem saldo zero no Campeonato Brasileiro, com 21 gols sofridos e marcados. Esse desempenho tem sido crucial para o time ter conquistado apenas uma vitória nos últimos sete jogos, o que explica a 12ª colocação na tabela de classificação.
“Muitos falam que a culpa é da zaga. Mas a equipe toda se representa dentro de campo. (Contra o Botafogo) a gente pressionou o jogo todo, só deu a gente, mas eles tiveram os méritos deles também, fizeram a jogada pela esquerda e saiu o gol. Mas isso já passou, sempre vai ter o que melhorar. É pensar no próximo jogo. A gente sabe o que errou, sabe o que tem de acertar e, contra o Inter, é tentar acertar”, analisou o zagueiro, evitando apontar vilões.
Apesar dos números não favorecerem, Lyanco se tornou o dono da posição e tem ganhado a confiança da comissão técnica e do elenco. Prova disso é que o jovem de 19 anos foi o escolhido para jogar na vaga de Diego Lugano, contratado depois de muita pressão da torcida, que idolatra o uruguaio.
“Eu nunca deixei de treinar. Sempre trabalhei sério, até por eu ser o mais novo, sempre quis buscar a melhora vendo os mais experientes. Ele (Lugano) sempre fala comigo, sempre conversa, me ajuda. Todo mundo se respeita. Graças a Deus, estou tendo as oportunidades e quero continuar”, contou, sem negar que até a provável venda de Rodrigo Caio pode ser benéfica para sua sequência na carreira.
“Vai ser uma perda para o São Paulo, mas isso é o futebol, muda toda hora. Para mim, e não só pra mim, pode ser uma oportunidade a mais, um espaço que se abre”, disse, fugindo do clichê e se apoiando na honestidade ao tratar do assunto com serenidade.
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