Escalado pelo governo, Wagner se reúne com Temer
Ministro da Casa Civil tentara refazer pontes com vice-presidente em encontro nesta quarta-feira
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Brasília - Escalado pelo Planalto para tentar refazer a ponte com o vice-presidente, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, vai nesta tarde ao gabinete de Temer para uma reunião. O encontro está marcado para as 15h30.
Wagner telefonou para Temer no início da semana para desejar feliz ano novo e tentar a aproximação. Aliados do vice-presidente disseram que a tendência é que Temer se mantenha afastado das discussões em torno do impeachment.
Com a proximidade da Convenção Nacional do PMDB, prevista para março, o vice-presidente desembarcou ontem em Brasília para tentar negociar a pacificação da bancada da legenda na Câmara e evitar que a disputa também contamine o processo para a sua recondução à presidência da legenda.
Temer planeja iniciar ainda este mês uma série de viagens pelas cinco regiões do País. Oficialmente, a pauta será discutir questões internas do PMDB, mas ele vai aproveitar o giro nacional para se encontrar com lideranças locais e dar uma série de entrevistas à imprensa regional.
Harmonia. No fim do seu primeiro dia do ano em Brasília, o vice-presidente disse que pretende manter uma relação harmoniosa com a presidente Dilma Rousseff e que "pelo menos no começo" do ano é preciso insistir nessa direção.
"Acho que precisamos de muita harmonia. O ano novo enseja, pelo menos no começo, essa ideia de harmonia absoluta, harmonia no país, harmonia no PMDB, nas bancadas e em todos os locais que precisamos", disse, ao deixar a vice-presidência. Temer reiniciou suas atividades em Brasília nesta terça-feira (5) depois de uma temporada de 19 dias de recesso.
Sobre sua relação com Dilma, ontem Temer limitou-se a repetir que espera que ela seja "harmoniosa". No ano passado, o vice-presidente enviou uma carta para Dilma com uma série de reclamações sobre a aliança com o PT, se aproximou ainda mais da ala do PMDB pró-impeachment e causou mal-estar no Palácio do Planalto.
Fonte: Estadão
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