segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Times brasileiros retornam à atividade com dificuldade para conseguir reforços

Sem dinheiro em caixa, clubes se apresentam com elencos enfraquecidos e sem conseguir gastar com reforços. Equipes ainda perderam jogadores importantes


Os elencos da maioria dos grandes clubes brasileiros perderam qualidade, um mês depois da última rodada do Campeonato Brasileiro, e começam a pré-temporada sem os reforços sonhados pela torcida. Das seis equipes que se reapresentam hoje, apenas Cruzeiro e Santos anunciaram jogadores de alto nível para 2014. Botafogo, Corinthians, São Paulo e Vasco, enquanto isso, causam apreensão antes mesmo de entrarem em campo — percepção idêntica à que vivem os torcedores de Flamengo, Fluminense, Grêmio e Inter, equipes que voltam a treinar depois de amanhã. O Palmeiras já se apresentou, enquanto o Atlético-MG retorna na próxima segunda-feira.
Vargas, do Grêmio: saída ajuda a economizar em salários, mas empobrece o ataque
Vargas, do Grêmio: saída ajuda a economizar em salários, mas empobrece o ataque

O motivo pelo qual o mercado está estagnado é simples: falta dinheiro. Até agora, as maiores contratações para 2014 saíram sem custos aos clubes. Leandro Damião, hoje no Santos, e o jovem Marlone, reforço do Cruzeiro, desembarcaram em São Paulo e em Minas, respectivamente, graças a acordos com empresários. Conca, de volta ao Fluminense, veio após encerrar o contrato com o chinês Guangzhou.

Na primeira temporada com as novas arenas da Copa, a tendência é que os 12 maiores clubes do país tenham fechado dezembro no prejuízo. Hoje, não é possível ter certeza de qual foi o tamanho de um eventual rombo nas contas — as equipes têm até abril deste ano para apresentarem os balanços auditados e, entre elas, sete publicaram balancetes no decorrer de 2013.
Somando quem já entregou o dever, o prejuízo consolidado supera os R$ 129 milhões. Com o último semestre em aberto e a adição de cinco times, as contas devem ultrapassar os R$ 200 milhões.

Nesse grupo de devedores, a pior situação da Série A é, por enquanto, a do Grêmio, que deve jogar a Libertadores com um elenco bem mais enfraquecido em relação àquele que acabou como vice do Brasileiro. As debandadas de Dida, Vargas e Fábio Aurélio, além da saída do técnico Renato Gaúcho, farão o clube economizar R$ 1,2 milhão ao mês. Eles foram substituídos por opções mais baratas: Wendell e Jardel, do Londrina-PR; Edinho, do Fluminense; e Geromel, do Mallorca (ESP). Enderson Moreira, ex-Goiás, será o novo treinador.

O tricolor reduziu os custos do futebol para evitar prejuízo tão grande quanto o do ano que se encerrou. O valor do deficit segue aberto, mas vai chegar aos R$ 80 milhões, segundo estimativas: se confirmado, será o pior de um time brasileiro neste século. O Grêmio gastou cerca de R$ 106 milhões apenas em salários, luvas e direitos de imagem.

FONTE: SUPER ESPORTES 

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