sábado, 11 de janeiro de 2014

Após reajuste, postos aumentam de novo a gasolina; litro chega a R$ 3,09A decisão de elevar o preço do derivado de petróleo, do álcool e do diesel foi tomada pelos empresários locais, um mês depois de o governo federal autorizar um reajuste de 4%. A medida irritou os consumidores
Um mês depois de entrar em vigor o reajuste de 4% no preço da gasolina nas refinarias, anunciado no fim de novembro pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), vários postos no Distrito Federal aumentaram novamente, esta semana, os valores nas bombas. Em alguns estabelecimentos, o litro do combustível passou de R$ 3,06 para R$ 3,09 (alta de 0,98%), o que revoltou muitos motoristas surpreendidos com a notícia. O valor é três centavos mais caro, em média, ao cobrado em dezembro. O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis), por meio daassessoria, esclarece que eventuais reajustes são de responsabilidade dos proprietários de postos e que não há expectativa de o governo autorizar outro reajuste.

Nas asas Sul e Norte, vários postos elevaram os valores dos combustíveis — incluídos álcool e diesel — no início da semana. Frentistas e gerentes não souberam explicar o porquê dos reajustes. “Soube hoje (ontem), quando cheguei para trabalhar. O dono do posto mandou subir e só obedecemos”, comentou um frentista de um posto do Eixo L Sul, que preferiu não se identificar. A alguns quilômetros dali, no Eixo W Norte, o taxista Genildo Morais, 48 anos, ficou indignado ao abastecer seu carro. “Hoje, o taxista de Brasília trabalha para pagar gasolina. Como os postos não nos dão satisfação e aplicam os valores que eles bem entendem, só soube agora desse reajuste”, afirmou.

O pintor Silvino Ferreira, 35 anos, também se disse “perplexo” com a cobrança. Na opinião dele, está cada vez mais difícil manter um carro na garagem. “Se os deputados e políticos pagassem do próprio bolso o combustível que consomem nas suas viaturas oficiais, talvez as coisas fossem diferentes e os consumidores em geral não seriam tão extorquidos como são. Mas, enquanto isso não muda, o segredo hoje é ter um bom salário para manter um carro na garagem”, disse.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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