Parque de diversões da Alemanha Oriental atrai curiosos e nostálgicos da Guerra Fria

Quem passa distraído dificilmente repara na placa que anuncia o Spreepark na entrada da floresta Plänterwald, no lado leste de Berlim. Para chegar até o parque, um dos centros mais populares de entretenimento do lado oriental da cidade durante a Guerra Fria, é preciso percorrer um caminho no meio de árvores e mato.

Logo na entrada, um mamute desdentado e sem tromba recebe os visitantes que, a bordo de um trem quase caindo aos pedaços, leva, todos os finais de semana, cerca de 300 curiosos em um passeio guiado pelas instalações do parque. Caminhar no local é proibido, já que a estrutura de muitos dos brinquedos está podre e enferrujada.

Para andar de trem e poder tirar fotos, cada visitante tem de desembolsar 15 euros. Os passeios atraem uma mistura de curiosos e nostálgicos da época em que a Alemanha era dividida entre Ocidental e Oriental.

Um dinossauro desbotado enfeita o caminho até a única lanchonete que ainda funciona no Spreepark. Ali também são oferecidos livros e cartões postais sobre o parque, aberto no final da década de 60 pela família alemã Witte. Aborrecidos com o fracasso do parque no início dos anos 2000, os donos se mudaram para o Peru.

Um mapa anuncia as atrações, enquanto um dinossauro vandalizado observa ao fundo. A família dona do local foi envolvida em um escândalo em 2003 quando o patriarca e um de seus filhos foram presos tentando contrabandear para a Alemanha 167 quilos de cocaína dentro de uma atração para o parque chamada 'Tapete Voador'.

A ideia de transformar o local em ponto turístico surgiu há oito anos, depois que a administração do local percebeu um aumento no interesse pela história de Berlim Oriental. Alguns dos brinquedos foram levados pela família para o Peru depois que o local fechou, no início dos anos 2000.

Pixações são constantes no local. As grades não são suficientes para coibir o vandalismo e manter longe quem deseja percorrer as ruas abandonadas fora do passeio guiado.

Apesar de desativada, a roda gigante do Spreepark ainda gira, movimentada pela forte ventania que é marca registrada da capital alemã. Os ruídos enferrujados que emanam do brinquedo são dignos de filmes de terror e dão ao parque um ambiente ainda mais sombrio.

Fechado desde 2001, o parque foi reaberto há oito anos para visitas guiadas. A nostalgia pelos tempos da Alemanha Oriental vem se intensificando, mais de 20 anos após a reunificação.

Apesar de abandonado e vandalizado, o Spreepark ganhou status cult em Berlim. Agora, o espaço também é alugado para sessões de foto e eventos culturais. Em junho, a banda britânica The XX se apresentou no local em um show que teve os ingressos esgotados em poucas horas.

Além dos promotores de eventos, investidores estrangeiros também declararam interesse em assumir o controle do parque. Há rumores de que um grupo belga que administra parques de diversão chegou a fazer uma proposta. No entanto, nenhum dos planos de compra prosperou.

Apesar de sujos, brinquedos ainda chamam a atenção em meio ao mato que não para de crescer. De acordo com a administração do parque, cerca de 300 pessoas passam por ali todos os sábados e domingos nas visitas guiadas. Durante a semana, o local é fechado para visitação.

Nem o Tiranossauro Rex escapou dos pixadores e grafiteiros. Derrubado em uma parte isolada do Spreepark, o animal decorativo hoje serve como casa para insetos e abrigo para bichos pequenos. O brinquedo contribui para a atmosfera de filme de terror do parque, abandonado desde seu fechamento.

Esses carrinhos estão espalhados por todo o terreno do parque. As instalações são consideradas “o último paraíso da RDA (República Democrática da Alemanha)” pelo administrador do local, Gerd Emge.

O carrinho da montanha-russa principal do Spreepark ainda está lá, a postos para levar os visitantes por seus trilhos enferrujados. A estrutura de madeira que leva até a entrada do brinquedo, porém, não é segura - está podre e escorregadia, com algumas de suas tábuas faltando.

O Spreepark entrou em decadência em meados da década de 1990. Com o número de visitantes cada vez mais em baixo, o dinheiro foi acabando e o parque teve de fechar.

O futuro do local ainda é incerto. Especula-se que área poderia ser utilizada para um grande empreendimento imobiliário, o que revoltou muitos moradores e entusiastas do parque.
FONTE: MSN
Quem passa distraído dificilmente repara na placa que anuncia o Spreepark na entrada da floresta Plänterwald, no lado leste de Berlim. Para chegar até o parque, um dos centros mais populares de entretenimento do lado oriental da cidade durante a Guerra Fria, é preciso percorrer um caminho no meio de árvores e mato.
Logo na entrada, um mamute desdentado e sem tromba recebe os visitantes que, a bordo de um trem quase caindo aos pedaços, leva, todos os finais de semana, cerca de 300 curiosos em um passeio guiado pelas instalações do parque. Caminhar no local é proibido, já que a estrutura de muitos dos brinquedos está podre e enferrujada.
Para andar de trem e poder tirar fotos, cada visitante tem de desembolsar 15 euros. Os passeios atraem uma mistura de curiosos e nostálgicos da época em que a Alemanha era dividida entre Ocidental e Oriental.
Um dinossauro desbotado enfeita o caminho até a única lanchonete que ainda funciona no Spreepark. Ali também são oferecidos livros e cartões postais sobre o parque, aberto no final da década de 60 pela família alemã Witte. Aborrecidos com o fracasso do parque no início dos anos 2000, os donos se mudaram para o Peru.
Um mapa anuncia as atrações, enquanto um dinossauro vandalizado observa ao fundo. A família dona do local foi envolvida em um escândalo em 2003 quando o patriarca e um de seus filhos foram presos tentando contrabandear para a Alemanha 167 quilos de cocaína dentro de uma atração para o parque chamada 'Tapete Voador'.
A ideia de transformar o local em ponto turístico surgiu há oito anos, depois que a administração do local percebeu um aumento no interesse pela história de Berlim Oriental. Alguns dos brinquedos foram levados pela família para o Peru depois que o local fechou, no início dos anos 2000.
Pixações são constantes no local. As grades não são suficientes para coibir o vandalismo e manter longe quem deseja percorrer as ruas abandonadas fora do passeio guiado.
Apesar de desativada, a roda gigante do Spreepark ainda gira, movimentada pela forte ventania que é marca registrada da capital alemã. Os ruídos enferrujados que emanam do brinquedo são dignos de filmes de terror e dão ao parque um ambiente ainda mais sombrio.
Fechado desde 2001, o parque foi reaberto há oito anos para visitas guiadas. A nostalgia pelos tempos da Alemanha Oriental vem se intensificando, mais de 20 anos após a reunificação.
Apesar de abandonado e vandalizado, o Spreepark ganhou status cult em Berlim. Agora, o espaço também é alugado para sessões de foto e eventos culturais. Em junho, a banda britânica The XX se apresentou no local em um show que teve os ingressos esgotados em poucas horas.
Além dos promotores de eventos, investidores estrangeiros também declararam interesse em assumir o controle do parque. Há rumores de que um grupo belga que administra parques de diversão chegou a fazer uma proposta. No entanto, nenhum dos planos de compra prosperou.
Apesar de sujos, brinquedos ainda chamam a atenção em meio ao mato que não para de crescer. De acordo com a administração do parque, cerca de 300 pessoas passam por ali todos os sábados e domingos nas visitas guiadas. Durante a semana, o local é fechado para visitação.
Nem o Tiranossauro Rex escapou dos pixadores e grafiteiros. Derrubado em uma parte isolada do Spreepark, o animal decorativo hoje serve como casa para insetos e abrigo para bichos pequenos. O brinquedo contribui para a atmosfera de filme de terror do parque, abandonado desde seu fechamento.
Esses carrinhos estão espalhados por todo o terreno do parque. As instalações são consideradas “o último paraíso da RDA (República Democrática da Alemanha)” pelo administrador do local, Gerd Emge.
O carrinho da montanha-russa principal do Spreepark ainda está lá, a postos para levar os visitantes por seus trilhos enferrujados. A estrutura de madeira que leva até a entrada do brinquedo, porém, não é segura - está podre e escorregadia, com algumas de suas tábuas faltando.
O Spreepark entrou em decadência em meados da década de 1990. Com o número de visitantes cada vez mais em baixo, o dinheiro foi acabando e o parque teve de fechar.
O futuro do local ainda é incerto. Especula-se que área poderia ser utilizada para um grande empreendimento imobiliário, o que revoltou muitos moradores e entusiastas do parque.
FONTE: MSN
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