terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Delegado afirma que porteiro convenceu comparsa para matar casal Villela em troca de dinheiro

Depoimento de policial abre primeira sessão de julgamento do Crime da 113 Sul 


Caso começa a ser julgado após quatro anos e quatro meses do triplo homicídio conhecido como Crime da 113 SulReprodução/TV Record
Começou na manhã desta terça-feira (10) a primeira sessão de julgamento que vai apontar os culpados pelo triplo homicídio conhecido como Crime da 113 Sul. O primeiro depoimento foi do delegado Renato Nunes Henrique, que prendeu o porteiro Leonardo Campos Alves em Montalvânia (MG). Ele afirmou que o acusado convenceu o comparsa Paulo Cardoso a participar do crime porque receberia “dinheiro fácil”, já que as mortes foram encomendadas pela filha das vítimas, Adriana Villela.   
O caso ganhou notoriedade devido aos vários desdobramentos e pela crueldade empregada no assassinato do ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) José Guilherme Villela, 73 anos; da mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, 69 anos; e da empregada da família Francisca Nascimento Silva.   
Durante o depoimento, o delegado Renato Nunes reclamou que a policia do DF foi a Montalvânia prender Leonardo e sequer avisou a polícia da cidade. Com medo de que os policiais ferissem os procedimentos legais da profissão, o delegado disse ter mandado os agentes de Montalvânia acompanhar tudo. Já que ele acreditava que a polícia do DF "não era legalista".   
O julgamento começou com uma hora de atraso no Tribunal do Júri de Brasília. A defesa de Leonardo ainda tentou adiar alegando a falta de uma testemunha importante, mas o juiz não acatou. A presença da delegada Marta Vargas, chamou a atenção. Ela foi a primeira delegada de polícia a investigar o caso, mas foi afastada por suspeita de plantar provas e até de ter consultado uma vidente para esclarecer os casos. A delegada foi exonerada da Policia Civil e foi arrolada como testemunha de defesa do ex-porteiro Leonardo Campos Alves.  
Além de Leonardo, Francisco Mairlon Barros será julgado pelo júri popular. Eles chegaram escoltados do Complexo da Papuda onde estão presos desde 2010. Segundo o Ministério Público, o ex-porteiro do prédio onde o casal Villela morava, confessou ter matada o ex-ministro, a mulher dele e a empregada da família com  mais de 70 facadas. Mas defesa do réu quer mostrar aos jurados, que o cliente confessou depois de ter sido torturado. Fato que, segundo o advogado, deixou o acusado quase surdo.  
O julgamento não deve terminar nesta terça-feira. Entre os suspeitos está ainda a filha do casal assassinado Adriana Villela. Ela é acusada de ser a mandante do crime e de ter contratado os outros suspeitos para executar os pais e a empregada da família. Não há previsão de quando será o julgamento de Adriana. Ela aguarda o resultado do recurso em liberdade.  
FONTE: R7 DF

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