terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Arena Joinville pós-guerra: marcas de sangue, grades quebradas e sonho de ser CT da Copa-2014 abalado

Arena Joinville pós-guerra: marcas de sangue, grades quebradas e sonho de ser CT da Copa-2014 abalado
Local das arquibancadas onde torcedores de Atlético-PR e Vasco brigaram no domingo
Enquanto as autoridades continuam o jogo de empurra de responsabilidades sobre a briga de torcedores na partida entre Atlético-PR e Vasco, no último domingo, a cidade de Joinville sofre as consequências das barbárie acontecida durante um jogo de futebol do Campeonato Brasileiro. O ESPN.com.br visitou o estádio no dia seguinte do ocorrido e o cenário "pós-guerra" mostrava resquícios da batalha: marcas de sangue nas arquibancadas e grades quebradas.
Marcas de sangue ficaram nas arquibancadas após briga
Marcas de sangue ficaram nas arquibancadas após briga
Funcionários consertam grade quebrada pelos torcedores
Funcionários consertam grade quebrada pelos torcedores
Com a imagem arranhada por causa da falta de segurança na partida, Joinville ainda vê o sonho de ser uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014 abalado. A cidade é uma das pré-aprovadas e disputa com a capital Florianópolis para ser uma das representantes de Santa Catarina no Mundial do Brasil e receber alguma seleção que jogará em Curitiba, que fica a cerca de 130 quilômetros de distância. Rússia, Equador, Irã e Argélia eram as principais opções, e a Arena Joinville seria usada como centro de treinamento.
Para isso, o estádio seria modernizado e receberia ajustes. A previsão é que no primeiro semestre do ano que vem cadeiras sejam instaladas em todos os 18 mil lugares existentes hoje. Apesar disso, o responsável pela administração da arena, Fernando Krelling, que é diretor-presidente da Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej), mostrou desânimo com a possibilidade.
"Ainda não chegamos a conversar com nenhuma das seleções, estávamos esperando o sorteio dos grupos para saber qual equipe jogaria em Curitiba. O contato é feito através do COL (Comitê Organizador Local). Mas, infelizmente, os acontecimentos deste domingo não foram bons para a imagem da cidade, isso atrapalha. Vamos melhorar o estádio, instalar assentos, mas sabemos que temos a forte concorrência de Florianópolis no Estado", explicou Fernando Krelling.
As imagens violentas da pancadaria entre torcedores atleticanos e vascaínos rodaram o mundo. O administrador da Arena Joinville explicou que o Atlético-PR assinou um contrato e tinha a obrigação de providenciar a segurança adequada no jogo. Ele explica que o conflito ainda poderia ter sido evitado se uma carga maior de ingressos do que a inicial não tivesse sido colocada à disposição da torcida do Vasco.
"Nós temos uma área destinada à torcida visitante com capacidade para 1.700 pessoas, e ela é separada por duas grades do outro setor. Mas o Atlético-PR sabia que viriam muitos torcedores do Vasco, e decidiu colocar mais 2 mil ingressos à disposição deles. Desta forma, uma área maior teve que ser ocupada pelos vascaínos e, com isso, não tinha grade para separá-los dos atleticanos. Era apenas cordas e poucos seguranças privados fazendo o cordão de isolamento. Mas este procedimento foi vistoriado e aprovado pela Polícia Militar", afirmou Fernando Krelling.
Além do abalo no sonho de ser subsede da Copa de 2014, Joinville teme que a arena seja interditada a pedido do Ministério Público por causa da confusão de domingo. No próximo ano, Vasco e Fluminense jogariam na cidade pela Série B do Cameponato Brasileiro, contra o Joinville Esporte Clube.

FONTE: MSN

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