Visitas noturnas ao zoológico de Brasília fazem sucesso entre as crianças do DF
Passeios são agendados e não há mais vagas para este ano
Fazer uma caminhada noturna no zoológico de Brasília pode ser uma aventura, principalmente se os visitantes que percorrem a área com lanternas nas mãos forem crianças curiosas para ver antas, lobos-guará, serpentes, leões, onças e tamanduás.
Abertos ao público há mais de dez anos, o objetivo dos passeios noturnos no zoológico é observar os animais de hábitos noturnos, já que durante o dia eles dormem ou se escondem dentro das tocas.
As visitas devem ser agendadas e são realizadas em grupos de no mínimo 15 e no máximo 40 pessoas. De acordo com a bióloga e diretora substituta da Dicam (Diretoria de Conscientização Ambiental) do zoológico, Marcelle de Castro, a agenda já está lotada até o final do ano.
— Este ano tivemos grande divulgação no começo da temporada e recebemos mais a comunidade, de modo geral, do que estudantes. As visitas são realizadas de março a novembro, fora do período de muita chuva.
E foi debaixo de chuva que a reportagem do R7 DF realizou o passeio noturno no zoológico junto com uma turma de alunos do ensino médio do Centro Educacional 2, do Guará (DF), cidade que ganhou esse nome devido a enorme quantidade de lobos-guará que eram encontrados na região administrativa.
A caminhada foi feita apenas com as luzes de lanternas e de vagalumes que fizeram companhia para o grupo ao longo do percurso. A maioria dos estudantes fica fascinada com os animais e presta atenção na palestra dos monitores. Whelba Thalliny, de 17 anos, do 3º ano no Ensino Médio, diz que gostou da atmosfera do passeio.
A caminhada foi feita apenas com as luzes de lanternas e de vagalumes que fizeram companhia para o grupo ao longo do percurso. A maioria dos estudantes fica fascinada com os animais e presta atenção na palestra dos monitores. Whelba Thalliny, de 17 anos, do 3º ano no Ensino Médio, diz que gostou da atmosfera do passeio.
Os passeios, realizados às terças e quintas-feiras, começam às 19h e terminam por volta das 21h, após cerca de um quilômetro percorrido. As visitas são sempre guiadas por profissionais como biólogos, agentes de educação e lazer, além de vigilantes. Qualquer pessoa pode fazer a excursão.
A bióloga Marcelle de Castro garante que as visitas não estressam os animais, uma vez que somente os de hábitos noturnos são iluminados e observados pelo público.
— O animal é iluminado por no máximo dez minutos e pedimos silêncio para o grupo. É muito pouco para afetar o bem-estar dos bichos. Além disso, as visitas são feitas só duas vezes por semana.
O professor do departamento de Zoologia da UnB (Universidade de Brasília) Jader Soares diz que os animais em zoológico já estão, obviamente, sujeitos a pressões que não ocorrem em ambientes naturais. Deste modo, eles tendem evitar barulho, pessoas e coisas diferentes que encontram no habitat.
Segundo ele, há muito tempo os zoológicos deixaram de ser depósitos de bichos, que eram mantidos em jaulas pequenas, ao lado de outros e, por isso, as visitas noturnas, de fato, não causam impactos significativos aos animais.
— Além disso, os bichos já estão habituados com a visitação de humanos.
FONTE: R7 DF
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