sábado, 2 de novembro de 2013

Visitantes recebem abraços gratuitos e carinho de grupo em cemitério de Brasília 

Carinho foi bem recebido por visitantes, que se emocionaram 


Cemitério Campo da Esperança é o maior do Distrito FederalAgência Brasil
Um grupo de 50 religiosos, ligados a diversas igrejas do Distrito Federal, encontrou uma maneira bem-humorada de ajudar as pessoas que visitam túmulos de parentes neste Dia de Finados a lidar com a saudade.
Com sorriso estampado no rosto e usando cartazes escritos à mão, com letras coloridas e grandes, eles ofereceram abraços gratuitos a quem passa pelo Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, região central de Brasília. 
De acordo com o coordenador da iniciativa, o estudante Gabriel Dantas, 19 anos, o objetivo é levar um pouco de conforto a quem vive um momento de emoção.
— Nós nos preparamos antes da ação, tentamos passar para todo mundo que vai participar que não podemos impor nosso abraço, mas oferecer a quem quiser recebê-lo.
Para a funcionária pública Claudia Cristina, 43 anos, integrante do grupo, é gratificante ver como as pessoas gostam de receber carinho em um momento delicado. 
— Em geral, as pessoas que vêm ao cemitério estão carentes e a gente vê claramente como muitas, às vezes estando sozinhas, têm necessidade desse abraço. Há aquelas que não aceitam, passam, nem nos olham, mas outras não esperam a gente oferecer, vêm até nós para receber o abraço.
Depois de visitar o túmulo da mãe, que morreu há mais de 20 anos, a servidora pública Rosiane Alves, 47 anos, fez questão de receber um abraço de Cláudia. Segundo ela, a surpresa ajuda a amenizar a tristeza da perda.
— Cada um entra aqui com um tipo de sentimento e é uma surpresa ver esse carinho, essa demonstração de fraternidade. Mesmo depois de duas décadas desde a morte da minha mãe, ainda me emociono muito ao lembrar dela e vir aqui faz as memórias reviverem. A gente se acostuma à ideia de não tê-la mais conosco, mas a saudade não acaba. O sentimento é o mesmo.
A vendedora Maria Aparecida, 37 anos, também aceitou o abraço. 
— Hoje em dia, quando se cobra por tudo, é bom ver que tem gente disposta a oferecer algo que faz tão bem sem cobrar nada em troca. É um dia de dor, porque voltar a este local nos faz lembrar do dia do sepultamento, do momento da perda.  
FONTE: R7 DF

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