Shopping é interditado por falta de alvará três dias após inauguração
Documento de liberação da obra pode ter sido feito sob pagamento de propina
O Shopping JK, localizado entre Ceilândia e Taguatinga, regiões administrativas do DF, pode ser interditado pela Agefis (Agência de Fiscalização) por falta de alvará de funcionamento. O local foi aberto ao público neste sábado (16) e está fechado desde as 9h30 desta terça-feira (19).
Neste momento, dois auditores fazem vistorias mais detalhadas em toda a construção para avaliar a qualidade da obra. Na tarde de segunda (18), os agentes também visitaram o local para ver se a acessibilidade está de acordo com legislação vigente. Os estabelecimentos comerciais em funcionamento no shopping foram notificados e terão 90 dias para regularizar a situação.
Durante a inauguração do shopping, que está sob investigação no Ministério Público, um grupo de manifestantes disse que o local não tem o "habite-se", documento obrigatório que comprova que o local segue todas as normas de segurança para receber o público. Por conta disso, o estabelecimento comercial também não tem o alvará, o que torna o funcionamento ilegal.]
O ex-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, dono da empresa que construiu o shopping, é investigado pela operação Átrio, deflagrada pela Polícia Civil, em um suposto esquema de negociação de alvarás de funcionamento pelas administrações regionais. Ele esteve na inauguração e afirmou que a construção obedeceu todas as exigências legais e que os documentos do empreendimento estão em dia.
No último dia 7, Paulo Octávio negou envolvimento no suposto esquema de pagamento de propina para a liberação dos alvarás. Ele disse ainda que a PaulOOctavio Investimentos Imobiliários Ltda não aprova projetos arquitetônicos e que o procedimento é realizado pelos escritórios de arquitetura contratados pela empresa.
A assessoria de imprensa do Shopping JK negou que o local está fechado ao público e garantiu que todas as atividades comerciais acontecem normalmente. A PauloOctávio Empreendimentos Imobiliários explicou que acompanha e colabora com os trabalhos da fiscalização e garantiu que todos os documentos solicitados pela Agefis estão sendo providenciados.
Os fiscais conversaram com a reportagem do R7 e disseram que não há prazo para liberação do shopping.
FONTE: R7 DF
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